Na terceira tentativa, o candidato da esquerda social-democrata mexicana conseguiu quebrar o turnismo entre as forças da direita tradicional mexicanas, representantes da grande burguesia subserviente do imperialismo ianque.
Em 2006, Obrador perdeu para Felipe Calderón, do PAN. Em 2012, Enrique Peña Nieto, do PRI, foi declarado vencedor entre acusaçons de fraude.
O regime mexicano, corrupto até a medula e infiltrado pola máfia narcotraficante, foi rejeitado mediante o voto ao único candidato apresentado com um discurso "alternativo" às receitas de sempre. Retomando o nacionalismo e o assistencialismo para os setores mais desfavorecidos polo brutal regime mexicano, Obrador conseguiu finalmente ganhar, favorecido também pola agressividade do vizinho imperiailsta, Trump, que humilhou o anterior presidente com as suas declaraçons e políticas racistas contra o povo mexicano.
O PRI (Partido Revolucionario Institucional), o PAN (Partido Acción Nacional) e o PRD (Partido de la Revolución Democrática), representantes tradicionais dos capitalistas mexicanos, sócios menores dos estado-unidenses, estavam invalidados para manter o rumo do país. Obrador, anteriormente nas fileiras do PRD, criou o Morena (Movimiento Regeneración Nacional), para tentar apresentar umha proposta "limpa" em chave nacionalista e "progressista", baseada na "ética" contra a corrupçom e nas políticas de assistência contra a pobreza.
Ao que todo indica, o grande capital mexicano poderá estar a pilotar, ou a tentar fazê-lo, o surgimento de umha nova orientaçom institucional num aparelho de Estado totalmente corrupto, no contexto de um país em guerra civil nom declarada (130 candidatos fôrom assassinados durante a campanha).
Moderado, marcando distáncias com a Venezuela, defendendo a propriedade privada, a economia de mercado e a luita contra a corrupçom e a violência, López Obrador tentará humanizar o capitalismo mexicano. Difícil tarefa em tempos de descomposiçom sistémica a alastrar por todo o planeta.