Díaz disse à Sputnik Mundo o que aconteceu no dia 30 de abril na Venezuela, depois que Juan Guaidó publicou um vídeo com o oposicionista Leopoldo López, convidando a população e os militares a saírem às ruas para "recuperar a liberdade".
Anteriormente, havia sido relatado que o governo do presidente Nicolás Maduro reprimiu uma tentativa de golpe de "um pequeno grupo de militares traidores". Segundo Díaz, "esse grupo rebelde" de soldados foi orquestrado por "um par de comandantes" que "não tem nem tropas nem raízes, não tem liderança na FANB".
"Eles agarraram um grupo de rapazes a quem eles comandaram, e lhes disseram que eles iriam fazer uma operação X e os levaram enganados para o cenário de confronto de golpe de Estado na frente da base aérea militar La Carlota", revelou a vice-presidente. Díaz explicou que as ações da FANB se baseiam em "um dos pilares da revolução chavista [...]: a união cívico-militar".
"Ao contrário do Chile e de outros países da região", continuou Díaz, "a FANB é formada por homens e mulheres do povo, da extração popular, de setores humildes. O comandante Hugo Chávez conseguiu que as esperanças destes homens do povo se somem às do povo civil, para a construção de um projeto que é próprio e tem como origem a participação popular".
Ao mesmo tempo, a vice-presidente recordou o artigo 5 da Constituição, que literalmente diz que "a soberania reside intransferivelmente no povo", que a exerce diretamente através da Constituição e das leis, e indiretamente através do voto.
"Isso marca a diferença do que é esse processo na Venezuela, que muitas democracias representativas tradicionais não entendem: não é uma democracia representativa, não é que votamos a cada cinco anos e deixamos que aqueles que elegemos decidam o que vai acontecer no país [...] Foi o que vimos hoje nessa FANB que está cada vez mais imbricada nesses desejos, desejos da pátria do povo venezuelano", concluiu.