Através de um comunicado, o ELN advertiu que, com este acordo "o Governo nega a natureza política do levantamento armado e mantém intato o regime oprobioso de violência, exclusão, desigualdade, injustiça e depredação".
Na mesma linha, argumenta que "se as guerrilhas se desarmarem, será maior a entrega da pátria aos interesses imperialistas" e "a oligarquia irá se encorajar com maior repressão contra as reivindicações sociais".
A segunda guerrilha colombiana assegurou que enquanto for mantido "um regime oligárquico" em seu país, é uma obrigação se manter como guerrilheiros de armas na mão.
O ELN alertou de que para o Governo de Juan Manuel Santos "a paz não é uma convicção política, mas unicamente um cálculo econômico, porque é mais barato levar a insurgência à legalidade sem se comprometer com as transformações que a sociedade precisa", tais como a justiça social, a equidade, a dignidade e a soberania.
Também criticou os outros acordos alcançados até agora pelo Governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) -desenvolvimento agrário e rural, participação política, drogas e vítimas- porque "deformam os fundamentos essenciais do direito à rebelião".
O texto recrimina que "torna evidente que o objetivo principal da comandância das FARC é se converter em uma organização legal, aceitando uns acordos que exculpam o Estado de sua responsabilidade no desenvolvimento da guerra suja e o Terrorismo de Estado".
Por outro lado, o ELN acusou o Governo de congelar o início da fase pública das negociações de paz que as partes anunciaram no passado dia 30 de março, depois de quatro anos de contatos iniciais na sombra e considera esta paralisia uma decisão unilateral com a qual o Governo tenciona impor condições por fora da formalidade da mesa de negociações, fazendo exigências que jamais foram acordadas.