O Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) anunciou neste sábado uma paralisação armada de 72 horas, que começará nesta segunda-feira nos departamentos em que opera, a este desse país, no quadro do aniversário de uma das suas frentes.
"Decretamos paralisação armada de 72 horas. A paralisação começa na segunda-feira dia 12 de setembro às 6H00 (11H00 GMT) e conclui na quinta-feira 15 de setembro às 6H00", indicou a Frente Oriental do ELN através de um comunicado emitido das "montanhas, selvas e savanas do oriente colombiano".
A paralisação armada será aplicada na "jurisdição da Frente de Guerra Oriental", nos departamentos de Arauca, Boyacá, Casanare, Santander, Norte de Santander e Vichada, explicou a insurgência.
Neste sentido, o agrupamento informou que "a partir de 6:00 am da quinta-feira 15 o transporte, comércio e outras atividades poderão reiniciar os seus labores normalmente". A paralisação foi decretada para comemorar o aniversário 36 da Frente Domingo Laín, que opera principalmente em Arauca, fronteiriço com a Venezuela.
A Colômbia vive um conflito armado que enfrentou durante mais de 50 anos guerrilhas, paramilitares, força pública, grupos narcotraficantes e paramilitarismo, deixando um saldo de uns 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados.
Em contexto
Desde há 52 anos, a insurgência do ELN combate ao lado dos oprimidos e explorados da Colômbia contra os interesses oligárquicos.
Depois de dois anos de negociação exploratoria, o Exército de Libertação Nacional (ELN) e o Governo da Colômbia iniciaram no passado mês de março a primeira aproximação formal para consolidar uma agenda de paz.
As delegações de paz do Governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN) anunciaram a partir da Venezuela o roteiro para as negociações formais.