O governo da Sérvia afirmou nesta terça-feira (19) que teve acesso e está em posse de um documento secreto que contém uma lista de países que estariam pressionando outras nações a reconhecerem a independência de Kosovo.
A Sérvia selecionou uma equipe de advogados que serão encarregados de preparar um processo contra a OTAN quanto ao dano causado ao país durante o bombardeio de 1999. A equipe incluirá os melhores advogados da Sérvia, bem como da UE, Rússia, China e Índia e serão chefiados pelo proeminente advogado sérvio Srdjan Aleksic.
Militares do exército dos EUA, diplomatas e ex-agentes de inteligência aposentados ganharam somas enormes treinando e armando aqueles que, nos tempos dos conflitos nos Bálcãs nos anos 90, conduziram a guerra contra os sérvios.
Por Mário Augusto Jakobskind
São passados dez anos que o então presidente da Sérvia, Slobodan Milosevic morreu quando se encontrava preso nas masmorras de um Tribunal internacional, depois de ter sido condenado de antemão pela mídia Ocidental. Milosevic chegou a ser comparado com o genocida Adolf Hitler.
Resumen Latinoamericano/ Ojos para la Paz – agosto 2016 – Slobodan Milosevic foi vilipendiado de maneira sistemática por toda a imprensa ocidental e pelos políticos dos países da OTAN. Os meios de comunicação da época o qualificaram como “carniceiro” e o compararam com Hitler. Foi acusado de “genocida” e de ser “um monstro sedento de sangue”, segundo apregoavam os grandes diários europeus e estadunidenses de então. Com a utilização desse clichê falsificado, tratou-se de justificar não só as sanções econômicas contra a Sérvia, mas também os bombardeios da OTAN, em 1999, sobre a Sérvia, assim como a encarniçada guerra de Kosovo. O político sérvio passou os últimos cinco anos de sua vida na prisão, defendendo tanto seu país como a si mesmo das horrendas acusações de crimes cometidos durante uma guerra que, agora, o Tribunal Internacional reconhece ter Slobodan Milosevic tentado evitar. Todos os indícios apontam que Milosevic foi envenenado na prisão. Os EUA o queriam morto. E agora? Outro crime – de Bill Clinton e Javier Solano – impune?
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