A teoria da política identitária que o Livre subscreve fecha cada opressão numa cofragem identitária, e, portanto, abstracta, sem vasos comunicantes, representações por procuração ou solidariedades.
Não sem muita controvérsia, cada vez mais o pensamento pós-moderno libertário de esquerda, produzido sobretudo por intelectuais após maio de 68, como por exemplo o de Deleuze e Guattari, é acusado pela redução da liberdade e pelo enfraquecimento das esquerdas pelo mundo.
[Rui Costa Pimenta*] Tive a oportunidade, recentemente, de ouvir uma preleção do deputado do PSOL, Jean Willys sobre a situação política brasileira muito esclarecedora do pensamento da esquerda pequeno-burguesa brasileira e internacional no seu conjunto.
Como acreditar na jovem pós-modernidade se, como disse o antropólogo e filósofo francês Bruno Latour no título de seu livro, “Jamais fomos modernos”?
[Samuel Silva Borges] Resenha crítica de: A Finança Digitalizada: Capitalismo Financeiro e Revolução Informacional, de Edemilson Paraná, Editora Insular, 2016 [1]
[Leandro Módolo P.] Acabei de assistir a uma peça de teatro do diretor argentino Mariano Pensotti com o título “Arde Brillante en los bosques de la noche”, como diz no site: a peça “revisita a figura de Alexandra Kollontai, revolucionária soviética e feminista. Partindo das suas preocupações em torno das políticas do corpo, da sexualidade e da identidade feminina, vai à procura das ressonâncias da Revolução Russa na América Latina de hoje.” Alguns apressados, como eu, suporiam Kollontai andando pelas ruas das sociedades contemporâneas em rodopios de satisfações passageiras num bamboleio de tristezas e angústias, em outras palavras, vendo suas bandeiras da nova moral sexual antipatriarcal rodando nas timelines das organizações feministas e dos perfis esquerdistas, mas escondida da sociedade pelos algoritmos da vida real, esta por sinal, ainda fundamentalmente misógina e machista. Contudo, o que se vê na peça de Pensotti, encenada por Susana Pampín, Laura López Moyano, Inés Efrón, Esteban Bigliardi e Patricio Aramburu, foge tanto ao que se pode supor quanto ao que se tradicionalizou nas abordagens estéticas da esquerda socialista.
[Rafael Silva; Laboratório Filosófico] Vivemos em uma época na qual, como já disse Marx no Manifesto Comunista, “tudo o que é sólido se desmancha no ar”. E a história não escapa a esse destino. Até mesmo o Holocausto, historicizado como o maior crime de que a humanidade foi capaz, pouco mais de meio século depois começa ter essa sua gravidade desintegrada. Basta ver a atual ascensão apologética do neonazismo no mundo. Estamos condenados a ser, como se diz, vítimas das circunstâncias, ou haverá espaço para sermos novamente senhores da história?
Pode parecer um dramatismo excessivo, mas som muitas as evidências de que vivemos tempos de dissoluçom de toda umha civilizaçom, a burguesa-capitalista.
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