Os acontecimentos principais se deram na cidade de São Paulo. Por volta das 18:00, cerca de mil manifestantes saíram da Praça do Ciclista e percorreram a Avenida Paulista em marcha.
O ápice do ato ocorreu quando a passeata chegou ao prédio da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), organização patronal corresponsável pelo financiamento do golpe de Estado deste ano.
Alguns manifestantes tentaram arrombar o portão de entrada do prédio, que foi aberto, e entraram e atiraram fogos de artifício para dentro do saguão. Vidros foram quebrados e objetos foram arremessados contra o edifício.
Trata-se, como demonstrou a manifestação, somente de uma tentativa de revide por parte da classe trabalhadora contra os capitalistas que exploram a maior parte do povo. Especialmente no cenário atual, em que a FIESP – cujo histórico engloba apoio irrestrito ao golpe militar de 1964 e ao longo dos 21 anos seguintes de ditadura – vem implementando brutais ataques à classe trabalhadora. Dentre eles, a própria PEC 55 (que congela por 20 anos investimentos públicos em saúde e educação, por exemplo), a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e todas as consequências do golpe de 2016.
A Polícia Militar não conseguiu reprimir as ações dos manifestantes em São Paulo, porque demorou a chegar ao local.
Por outro lado, em Brasília, uma forte repressão repetiu o que havia ocorrido no último dia 29. Policiais militares armados com cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo combateram protestos pela cidade, prendendo dezenas de manifestantes. Na Esplanada dos Ministérios, houve forte presença policial para controlar a manifestação.
Também houve protestos em outras cidades do país, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Belém e Porto Alegre.