O governo Temer, “puro-sangue da burguesia”, veio para aprofundar os mecanismos capitalistas de exploração e de opressão, destruindo direitos trabalhistas e previdenciários e acelerando o processo de contrarreforma do Estado, iniciado por Collor, aprofundado por FHC e reiterado por Lula e Dilma.
Nos diversos meios de comunicação, patrões, representantes de governos, economistas e jornalistas ajudam a propagar a ideia de que a contenção dos investimentos nos serviços públicos, a contrarreforma da previdência e a destruição da legislação trabalhista são necessárias para que o país supere os difíceis momentos de crise e que, na atual conjuntura, as greves e outras formas de luta dos trabalhadores são ações inconsequentes e prejudiciais a todos.
A burguesia busca impor sua visão de mundo ao conjunto da sociedade, para que todos acreditem na mentira de que, durante as crises econômicas, próprias do modo de produção capitalista, todos os setores sociais são atingidos da mesma forma e com a mesma intensidade. A verdade é bem outra: enquanto os trabalhadores sofrem com a crise, banqueiros e grandes empresários continuam lucrando.
Junto com este discurso, proliferam mensagens para fazer crer que tudo será resolvido com o combate à corrupção e com a prisão de alguns políticos e empresários, tirando o foco das pessoas dos ataques brutais que estão sendo cometidos contra os direitos dos trabalhadores. Além disso, ignoram o fato de que a corrupção é inerente ao sistema capitalista, que rouba do trabalhador o valor necessário para manter o luxo de poucos.
O governo Temer aprovou na Câmara e no Senado a emenda constitucional que reduzirá os investimentos nos serviços públicos por vinte anos, para matar por asfixia os já combalidos sistemas públicos de saúde, assistência social e educação, fomentando a iniciativa privada e economizando bilhões para pagar os juros da dívida pública, em favor do lucro de banqueiros e empresários.
Por meio de medida provisória, encaminhou a contrarreforma do Ensino Médio, que pretende alterar a matriz curricular, reduzir o número de professores e ampliar a dimensão reprodutivista (burguesa) da escolarização, tornando-a cada vez mais uma mera oficina preparatória de força de trabalho para a exploração capitalista.
Tramita no Congresso a nefasta contrarreforma da previdência que pretende obrigar homens e mulheres a contribuírem para a previdência por 49 anos e impor a idade mínima de 65 anos para aposentadoria integral. E a contrarreforma trabalhista será encaminhada em breve, para retirar ainda mais direitos e ampliar a exploração de forma quase irrestrita.
Diante de todos estes ataques, devemos organizar espaços de formação, manifestações e paralisações, acumulando forças para a realização de um movimento grevista de grandes proporções. A única saída é a preparação de uma Greve Geral, que paralise diversos setores da economia, principalmente o setor produtivo, para atingir de forma contundente os interesses capitalistas.
A nosso favor contamos com o crescente sentimento de indignação. As condições objetivas são evidentes, trata-se agora de, em todos os espaços de trabalho, estudo, moradia e nos movimentos sociais, mobilizar a classe trabalhadora na resistência contrária à ofensiva patronal. Vamos à luta!
Coordenação Nacional da Unidade Classista
O Poder Popular 17: