Organizada pela Central de Movimentos Populares (CMP), a manifestação ocorreu do lado de fora da Catedral da Sé, onde o prefeito participava de missa pelo aniversário de 463 anos da capital paulista.
“Não vamos permitir que o prefeito João Doria aplique em São Paulo o receituário neoliberal e ataque a direitos e políticas sociais”, declara a CMP.
Também nesta quarta-feira, bibliotecários e usuários do Centro Cultural São Paulo (CCSP) se reuniram no local em ato contra o repasse da instituição para Organizações Sociais, uma terceirização das funções para o setor privado.
No primeiro mês à frente da Prefeitura da maior cidade do Brasil, o político do PSDB já implementou diversas medidas de “retrocesso”, segundo os movimentos sociais.
Além do anúncio da privatização do CCSP e de meia centena de bibliotecas públicas, Doria extinguiu as Secretarias de Políticas para as Mulheres e de Igualdade Racial, decretou o aumento da velocidade das marginais – o que aumenta o número de acidentes e não diminuiu o trânsito –, está reprimindo vendedores ambulantes, moradores de rua e dependentes químicos e apagando pixações e grafites produzidos por artistas de rua na capital.
O empresário multimilionário, que se elegeu em outubro do ano passado no primeiro turno das eleições municipais com apoio da mídia paulista, também anunciou publicamente que não permitirá ocupações de sem teto e que vai privatizar parte do sistema público de saúde e o estádio do Pacaembu.
Além disso, eventos de cultura popular como o Carnaval e a Virada Cultural estão sofrendo processo de elitização e desmonte por parte da gestão de João Doria.