Como informa o site JOTA, a defesa de Doria exigiu a remoção da URL do texto e que o site, o autor (William Dunne) e o PCO não cometam mais “prática semelhante”.
Trata-se de um conto fictício, no qual o prefeito de São Paulo é morto violentamente pela população após “anos de fúria acumulada” nos quais, sob Doria, a prefeitura de São Paulo oprimiu as classes populares. No dia da greve geral, a brutal repressão policial foi a gota d'água, narra o autor do conto.
Doria tem somente seis meses de mandato à frente da prefeitura da principal cidade do País, mas realmente sua “gestão” parece dura anos. Fora as atitudes pessoais do empresário milionário que virou prefeito graças ao apoio incondicional da grande mídia (a mesma que quer levá-lo à presidência da República), Doria já causou grande estrago às condições de vida da maioria da população: privatizações, repressão brutal da polícia, cortes de gastos em setores essenciais para os pobres – como educação e saúde públicas –, desocupação de sem tetos, entre outros.
Na semana que se encerrou com a greve geral, no final de abril, Doria ameaçou cortar o ponto dos funcionários públicos que aderissem, ferindo o direito à greve, e chamou os grevistas de “preguiçosos” e “vagabundos”. Provavelmente muitos trabalhadores realmente têm vontade de tratar Doria como ele foi tratado de forma fictícia no conto de Dunne.
Contra a liberdade de expressão
Em apenas seis meses de mandato, já acumula um vasto histórico de cerceamento à liberdade de expressão.
Também em abril, advogados do prefeito pediram para usuários do Facebook alterarem conteúdos próprios que pudessem prejudicar a imagem de Doria.
Outra tentativa de censura nas redes sociais foi o pedido de remoção de um evento no Facebook que convocava protestos contra mudanças na organização da tradicional Virada Cultural. Na ocasião, a Justiça negou seu pedido, que incluía a identificação dos organizadores do evento.