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Terça, 11 Abril 2017 14:11

Construir um partido revolucionário, uma tarefa essencial do atual estágio político

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País: Brasil / Batalha de ideias / Fonte: Causa Operária

O golpe de Estado polarizou a política nacional. A esta altura, é difícil uma organização política se manter neutra na discussão se é a favor ou contra o golpe. Uma política clara diante desse problema em específico fez com que o Partido da Causa Operária fosse uma organização bastante procurada, seja por quem defende a candidatura de Lula em 2018, ou por quem quer anular o impeachment e derrotar o golpe imediatamente, etc.

O partido tem um papel fundamental na luta contra o golpe de Estado. Não atuou sozinho, mas teve um papel de vanguarda, denunciando, inclusive, que o golpe teria uma política de terra arrasada. Assim, o fortalecimento do PCO é um sinal do fortalecimento do setor mais consciente do movimento contra o golpe.

Essa questão coloca a necessidade da construção de um partido que seja capaz de fazer o que o PCO fez em uma escala muito superior, muito maior do que está sendo feito. Se o partido tivesse a capacidade de fazer uma campanha mais permanente, mais intensa e mais ampla em escala nacional, isso seria fundamental.

O país entrou em uma etapa de uma crescente radicalização política. Tudo que está acontecendo, o repúdio ao golpe, o apoio a Lula, ao PCO, o repúdio total às medidas do governo golpista, tudo é um indicativo de uma radicalização política enorme.

É uma etapa política que favorece a construção de um partido que tenha um claro programa revolucionário. Essa questão precisa estar no centro da discussão dos acontecimentos políticos. Assim como existe uma tendência da população se agrupar em torno da luta contra o golpe, existe uma tendência para a construção de um partido que seja claramente socialista, revolucionário, que lute contra a burguesia de uma maneira nítida, clara.

Quer dizer, é uma questão chave no atual momento, que demanda um processo de recrutamento do partido, de desenvolvimento político e partidário.

Essa é uma questão essencial, tendo em vista que o golpe, a direita, os golpistas tomaram conta das instituições, tomaram de assalto o Congresso Nacional. Em um cenário que Dilma volte a presidirís, teria de enfrentar todos os golpistas das demais instituições, além de todo Judiciário. O mesmo vale para uma possível eleição de Lula em 2018, não é possível garantir o mandato eletivo de qualquer pessoa sem derrotar o golpe e os golpistas.

Assim, a luta contra o golpe, feita às últimas consequências, tem como pano de fundo a luta revolucionária, pela tomada do poder pela classe operária, e, para tanto, é urgente a construção de um partido que possa cumprir uma tarefa desse porte.

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