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Sábado, 29 Abril 2017 15:12 Última modificação em Segunda, 01 Mai 2017 23:25

Globo, grande inimiga do povo brasileiro

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País: Brasil / Comunicaçom / Fonte: Diário Liberdade

A exitosa greve geral desta sexta-feira foi uma das maiores amostras de força da classe trabalhadora no Brasil.

A greve geral: os enquadramentos e a aula de (não) jornalismo

Como a mídia burguesa noticiou as outras greves gerais no Brasil

Foi o maior evento nacional desde o impeachment que derrubou Dilma Rousseff – um golpe de Estado.

O Brasil inteiro parou. De Norte a Sul, de Leste a Oeste, nas capitais e no interior dos estados os braços se cruzaram e as máquinas pararam.

A maioria absoluta dos transportes não operou. O comércio fechou e as ruas ficaram vazias até o meio da tarde. As que não estavam vazias, ou tinham pouco movimento ou receberam manifestações.

A partir do meio da tarde, as principais cidades – São Paulo e Rio de Janeiro – foram palco de gigantescas manifestações do proletariado e da juventude, reunindo dezenas de milhares de pessoas.

O dia, do começo ao fim, pertenceu a um só sujeito: a classe trabalhadora.

A maior greve geral da história do país deixou o governo golpista e toda a classe capitalista com o coração (para sermos educados) na mão.

A maior prova da eficiência desta extraordinária mobilização foi a cobertura ridícula praticada pelos grandes veículos de imprensa.

Convocada há um mês, a greve geral só foi citada no dia em que ocorreu. Nenhuma palavra no telejornal até a sexta-feira. Os impressos e os sites burgueses até que noticiaram os preparativos, mas de maneira negativa e desqualificatória, tentando desacreditar o movimento.

O cúmulo da manipulação veio do maior império das comunicações do Brasil. A Rede Globo se calou, para que a greve tivesse pouca aderência. Dessa forma, pela enésima vez, descumpriu seu suposto papel de informar o público sobre os principais acontecimentos do país.

Algumas pessoas que foram trabalhar no dia da greve não sabiam nem o que estava acontecendo, sem ônibus nem metrô, justamente porque a grande mídia escondeu esse fato.

Finalmente, no grande dia, a cobertura iniciou dentro da sede paulista da Globo. De acordo com relatos, ordens superiores impuseram a censura ao termo “greve geral” aos jornalistas.

De fato, durante o dia inteiro o noticiário televisivo da Rede Globo (incluindo o canal a cabo Globo News) evitou usar essa expressão. Seus repórteres e apresentadores falavam em “protestos”, “manifestações” como quaisquer outros.

Como sempre ocorre com toda mobilização popular, o discurso da Globo desprestigiou e tentou minimizar os efeitos da greve, inclusive mentindo para a população, ao dizer que a situação no País era de quase normalidade.

O foco, para variar, foi no “incômodo” a “quem queria trabalhar” e na falsa violência dos grevistas. O que houve, pelo contrário, foi mais uma amostra da completa selvageria das forças repressivas do Estado.

As imagens quase não mostraram o verdadeiro tamanho das concentrações de massa, o colorido e o vermelho em destaque em muitas aglomerações pelo Brasil.

Ressalve-se que não foi somente a Globo que fez uma cobertura manipulada da greve geral. A Band News TV, por exemplo, disse em seu noticiário que o movimento se resumiu em pequenos grupos fechando rodovias em alguns lugares do Brasil.

No falido Jornal Nacional, o mais assistido da televisão brasileira mas com cada vez menos audiência, foram dedicados alguns minutos à histórica greve. Falou-se praticamente só nos “confrontos” com a polícia em “protestos” e “paralisações” no Nordeste e no Sul do País.

Uma coisa curiosa, no entanto, foi o destaque dado no JN sobre a própria cobertura da Globo durante o dia. A emissora tentou passar a impressão de que deu importância à mobilização nacional massiva do povo trabalhador, embora não tenha feito nada disso.

Mas a Globo sabe que está perdendo cada vez mais credibilidade e está sentindo o peso das críticas e questionamentos das massas, que cada vez mais percebem o papel da Globo no golpe de Estado e ba manutenção da ordem burguesa, na ampliação do sistema de exploração.

Seu entreguismo e devoção à barbárie imperialista já não enganam mais as massas.

Entretanto, a Globo ainda é um dos pilares do Estado burguês e do governo golpista. Sua ligação com o poder é extremamente intrínseca e é a maior e mais corrupta empresa privada do País.

A Globo é o sustentáculo propagandístico da burguesia e do imperialismo no Brasil. É a tropa de choque ideológica dos patrões.

O sucesso da sublevação popular, que apenas se iniciou nesta sexta-feira com a greve geral, dependerá de como as classes populares irão lidar com os mecanismos de exploração do povo.

A classe trabalhadora falou de igual para igual com o patronato. Mostrou sua força. E deverá começar a impor sua vontade, a vontade da maioria, sobre os interesses da minoria parasita que controla o Brasil.

No ano passado, durante o amplo movimento grevista na França, os trabalhadores exigiram que os jornais dessem espaço às suas reivindicações. Os jornais, que como aqui, também são monopólio da burguesia, se recusaram a mostram um mínimo de democracia e censuraram a expressão popular. O que os trabalhadores franceses fizeram? Impediram a circulação dos principais jornais do país.

No Brasil, a mídia exerce um poder ditatorial. Portanto, deve ser combatida como um regime autoritário inimigo do povo.

Com o crescimento do movimento de indignação da classe trabalhadora, é natural que haja ocupações de fábricas, de latifúndios e de prédios públicos, como já começou a ocorrer.

As instalações dos principais meios de comunicação também devem ser ocupadas, especialmente os prédios da Rede Globo no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Esse monopólio da família mais rica do País não quer, e não vai, dar voz aos trabalhadores. Os trabalhadores devem impor a vontade da maioria e aplicar o que até mesmo a Constituição estabelece: transformar a comunicação em um serviço para a sociedade, controlada pelo povo para comunicar sobre os principais acontecimentos que interessam ao público. Denunciar o governo golpista, as contrarreformas, exigir a queda do regime e convocar o povo a mais uma greve geral até que sua vontade seja atendida.

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