Nesta quarta feira, dia 17/05, foi tornada pública, através das organizações Globo, a denúncia do dono da JBS, maior produtora de proteína animal do mundo, contra o golpista Michel Temer e seus aliados. A gravação comprova a participação de Temer na propina mensal dada a Eduardo Cunha em troca do seu “silêncio”. Sem popularidade alguma, enfrentando a resistência de diversos setores da sociedade e, em especial, dos trabalhadores em luta contra as medidas antipopulares, Temer parece estar com os dias contados na presidência da República.
O PCB se soma às manifestações unitárias convocadas pelos movimentos sociais e organizações políticas de esquerda contra o governo Temer e as “reformas” que retiram direitos históricos da classe trabalhadora. Apesar de constatarmos as tensões e contradições interburguesas e entre os poderes do Estado burguês brasileiro, sabemos que o programa de medidas antipopulares contra os direitos sociais, políticos e trabalhistas unifica a burguesia e é vital para a manutenção da acumulação capitalista no Brasil e no mundo. Hoje os mesmos setores conservadores da sociedade brasileira que apoiaram e colocaram Temer e sua quadrilha no poder, como a Rede Globo, apostam na sua queda e negociam mais uma saída pelo alto, um pacto no interior da classe dominante sem participação efetiva da classe trabalhadora, provavelmente na direção de uma eleição indireta a ser conduzida pelo corrupto e degenerado parlamento. Querem novo pacto burguês que faça avançar o processo de retirada de direitos dos trabalhadores, com a intensificação da criminalização dos movimentos populares e mais restrição à participação política dos trabalhadores na já limitada democracia burguesa.
Neste momento, devemos centrar nossa luta contra o programa econômico e social da burguesia e seu sistema político, profundamente autoritário e excludente, em que viceja a corrupção endêmica e toda a degeneração da sociedade capitalista. O PCB acredita que a maior força da classe trabalhadora é sua luta organizada, razão pela qual conclama a militância comunista a atuar em conjunto com as organizações do campo popular e socialista para fortalecer as mobilizações nas ruas, nos locais de trabalho, moradia e estudo, com o propósito maior de derrubar o governo Temer e derrotar as contrarreformas. Com muita unidade e luta é hora de a classe trabalhadora construir seu próprio programa para a crise, fortalecer seus movimentos e entidades independentes, na perspectiva do poder popular, rumo ao socialismo.
Pela revogação do congelamento dos gastos públicos por 20 anos e da lei das terceirizações!
Pela retirada dos projetos de reformas trabalhista e da Previdência!
Pela anulação das privatizações!
NENHUM DIREITO A MENOS! FORA TEMER!