"Imoralidade de @Almagro_OEA2015 e @OEA_oficial quebram recorde ao guardar silêncio sobre repressão no Brasil", disse a diplomata venezuelana na rede social Twitter, referindo-se à atuação da Polícia MIlitar em Brasília que reprimiu nesta quarta-feira a manifestação contra Temer e as reformas da Previdência e trabalhista, utilizando inclusive arma de fogo.
Durante reunião realizada nesta quarta-feira no Conselho Permanente da OEA, uma maioria de países considerou que o debate sobre o Brasil era inapropriado. No entanto, definiram os próximos encontros para debater a situação da Venezuela.
Ante esta situação, a chanceler venezuelana afirmou que esta coligação de governos "pretende intervir na Venezuela, reeditam véu imperial sobre o Brasil, e negam abordar crise deste país na OEA".
Delcy Rodríguez disse que estes foram os países que no dia 3 de abril apoiaram um novo documento ingerencista contra a nação bolivariana.
A resolução contra a Venezuela foi aprovada sem direito a votação durante uma sessão que foi realizada de maneira ilegal, já que a Bolívia, que assumiu em abril a presidência do Conselho Permanente da OEA, decidiu suspender o encontro agendado pela presidência pro tempore anterior, ocupada por Belize.
"Mesmos governos que destruíram institucionalidade (da) OEA em 3 abril para agredir a Venezuela hoje dizem que não é possível abordar situação Brasil", denunciou a ministra.