Publicidade

Diário Liberdade
Publicidade
Publicidade
Quinta, 10 Agosto 2017 23:50 Última modificação em Terça, 15 Agosto 2017 13:36

Policiais estão envolvidos no assassinato de dezenas de trabalhadores no Pará

Avalie este item
(0 votos)
País: Brasil / Repressom e direitos humanos / Fonte: A Verdade

Os índices de criminalidade aumentam a cada semana no estado do Pará. Até agosto de 2017, na Grande Belém, foram registradas quatro chacinas promovidas por milícias.

Os bairros mais afetados pelos altos números de assassinatos são a Terra Firme, Jurunas, Cabanagem e Curuçambá, todos localizados nas regiões mais pobres da zona metropolitana. A participação de policiais, ex-policiais e agentes de segurança pública tem se tornado notória, como no assassinato de um trabalhador rural no Hospital Geral de Parauapebas e no massacre de dez trabalhadores rurais em Pau D’Arco, ambos no sudeste do estado.

Sobre o assassinato no Hospital Geral, ocorrido em março, a delegacia de homicídios emitiu dois mandados de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão em Parauapebas. O guarda municipal de Parauapebas, Lionício de Jesus Souza, e o agente da força nacional, Francisco Ubiratan Silva da Silva, foram presos. Foram apreendidas armas e munições, usadas no crime, na casa de um sargento da Polícia Militar.

O crime foi encomendado pelo gerente da fazenda, Felício Fernandes, a mando dos donos do latifúndio Serra Norte, em retaliação a uma ocupação ocorrida em 2016. Jagunços da referida fazenda já haviam torturado e assassinado o trabalhador rural Etevaldo Soares Costa, sufocado com saco plástico após ser sequestrado em uma emboscada num ramal próximo à fazenda.

No massacre de Pau D’Arco, onze policiais militares e dois civis foram presos temporariamente, porém libertados menos de um mês depois. Eles promoveram uma chacina que vitimou dez trabalhadores rurais, sem direito a defesa, dos quais nove eram da mesma família, sendo uma mulher. Um sobrevivente do massacre foi assassinado semanas depois, após ter se mudado para outro município. O MPF e o MPE investigam os assassinatos, e há fortes indícios da participação de policiais nesse novo assassinato brutal.

Na Grande Belém, as milícias promoveram quatro chacinas, sendo a mais monstruosa a ocorrida em 06 de junho, no bairro da Condor, quando três carros e cinco motocicletas interditaram todo um quarteirão e inciaram um atentado à vida de dezenas de pessoas que transitavam na rua e nas calçadas. Seis pessoas morreram, sendo uma criança e um idoso, os quais foram alvejados com tiros na cabeça, falecendo no hospital.

Há relatos de que o novo secretário de Segurança Pública, Jeannot Jansen, e o delegado geral da Polícia Civil do Pará, Rilmar Firmino, são adeptos da visão de que as milícias “são um mal necessário para acabar com a criminalidade”, isto é, na prática ambos atuam na defesa imoral desses grupos de extermínio.

Até hoje nenhum criminoso foi sequer identificado, gerando revolta e denúncias da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA acerca da participação de agentes de segurança pública nos atentados. A chacina no bairro da Condor ocorreu um dia após um policial militar ter sua arma roubada nas proximidades enquanto fazia um “bico” em uma casa de festas, porém a Polícia Civil do Pará mantém em sigilo as investigações, contando com a cumplicidade do governador cassado do estado do Pará, Simão Jatene.

Redação Pará

Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Doaçom de valor livre:

Microdoaçom de 3 euro:

Adicionar comentário

Diário Liberdade defende a discussom política livre, aberta e fraterna entre as pessoas e as correntes que fam parte da esquerda revolucionária. Porém, nestas páginas nom tenhem cabimento o ataque às entidades ou às pessoas nem o insulto como alegados argumentos. Os comentários serám geridos e, no seu caso, eliminados, consoante esses critérios.
Aviso sobre Dados Pessoais: De conformidade com o estabelecido na Lei Orgánica 15/1999 de Proteçom de Dados de Caráter Pessoal, enviando o teu email estás conforme com a inclusom dos teus dados num arquivo da titularidade da AC Diário Liberdade. O fim desse arquivo é possibilitar a adequada gestom dos comentários. Possues os direitos de acesso, cancelamento, retificaçom e oposiçom desses dados, e podes exercé-los escrevendo para diarioliberdade@gmail.com, indicando no assunto do email "LOPD - Comentários".

Código de segurança
Atualizar

Publicidade
Publicidade

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: diarioliberdade [arroba] gmail.com | Telf: (+34) 717714759

O Diário Liberdade utiliza cookies para o melhor funcionamento do portal.

O uso deste site implica a aceitaçom do uso das ditas cookies. Podes obter mais informaçom aqui

Aceitar