Os que querem destruir a Previdência alegam que ela é deficitária, o que é bastante contestável, pois os que dizem isso são justamente os que querem destruí-la. Esses mesmos não dizem, porém, que o maior rombo da previdência, que consiste em bilhões de reais, é causado pelos empresários, que não pagam a parte deles para a Previdência e evidentemente não são cobrados.
Mas a “reforma” não é um mero ataque. Além de virtualmente acabar com o direito à aposentadoria e promover uma verdadeira destruição da Previdência Social, trata-se de um verdadeiro roubo.
Há trabalhadores que estão contribuindo há trinta anos e estão perto de se aposentar. A contribuição é um dinheiro investido todos os meses e que dá direito a uma aposentadoria para o resto da vida. A Reforma simplesmente vai confiscar todo esse dinheiro investido e estabelecer que a partir de agora em lugar de três, quatro ou cinco salários mínimos, ele poderá apenas receber dois.
Desse modo, os golpistas mudam a regra no meio do jogo, e esse meio significa dez, vinte ou trinta anos.
A Reforma vai fazer com que todos os que têm salário mais alto migrem para previdências privadas, o que significará um roubo ainda maior dos trabalhadores. Tanto pelas regras geralmente mais duras, quanto pela autonomia ainda maior para mudar as regras e, principalmente, pela possibilidade de irem à falência e levarem assim o dinheiro de toda uma vida.