O trabalho intermitente, criado pela reforma trabalhista, é o trabalho que não é fixo. Nesse sentido, o empregado intermitente pode ser contratado para trabalhar por alguns dias ou algumas horas, e seu salário será claramente menor (ou muito menor, em alguns casos) do que o salário mínimo. Isso é muito bom para o patrão, que pagará menos pelos serviços prestados, aumentando, por consequência, seu lucro.
A grande polêmica da nova regra criada pela reforma trabalhista (a qual já é um ataque frontal à classe trabalhadora) consiste no fato de que, se o trabalhador receber menos que o salário mínimo, terá ele mesmo que pagar a diferença entre seu salário e o mínimo para receber os benefícios da aposentadoria. O trabalhador terá que completar o que falta para o salário mínimo para se aposentar.
O contrato intermitente deixa o trabalhador ainda mais vulnerável às decisões do patrão. Além de colocar o empregado para inteirar o que falta entre o que recebe e o salário mínimo, a nova modalidade de trabalho também proíbe o recebimento do seguro-desemprego pelo trabalhador intermitente.
Este é o verdadeiro significado da reforma trabalhista: fazer com que os empregados recebam menos para aumentar o lucro dos patrões. Diferentemente do que diz a imprensa e organizações de extrema-direita (como o MBL, por exemplo), as medidas do golpe de Estado, entre elas a reforma trabalhista, desejam destruir todos os direitos e conquistas democráticas da população para que, em cima disso, os empresários e banqueiros possam manter suas cifras.