O PCB identifica na prisão de Lula mais um elemento da ofensiva reacionária do imperialismo e da burguesia, da restrição aos direitos políticos e de um ataque às liberdades democráticas em andamento no país. Um dos aspectos desse processo é a espetacularização e seletividade dos julgamentos no judiciário, comprometido com o andamento do golpe. A seletividade fica claramente demonstrada pelo fato de que os principais corruptos, tanto no Executivo quanto no Legislativo, mesmo com vastas provas, continuam soltos e gozando de liberdade.
Esse processo se tornou mais dramático e vingativo com a imediata providência do Juiz Sérgio Moro, pouco mais de 12 horas depois da decisão do STF, em determinar a prisão de Lula, convocando-o para apresentação na Polícia Federal do Paraná até as 17h de sexta feira, dia 6 de abril.
Nesse sentido, não é hora de conciliação e vacilação. Os comunistas brasileiros não titubearão em fortalecer a resistência unitária e popular frente a esta ofensiva às liberdades democráticas. Para além do instável calendário eleitoral, devemos fortalecer, juntamente com todas as forças democráticas, progressistas e revolucionárias, a resistência organizada a esses ataques.
Além disso, orientamos nossa militância, tanto do Partido quanto dos nossos coletivos, a se somar a atos unitários em todos os Estados, participando tanto de sua mobilização como de sua organização, buscando, nesses espaços, além de denunciar a perseguição política ao ex-presidente Lula, participar ativamente do enfrentamento, em conjunto com as organizações e movimentos populares, à escalada fascistizante, ao avanço do conservadorismo e aos ataques contra a classe trabalhadora.
A luta organizada ainda é a melhor arma da classe trabalhadora. Vamos resistir aos ataques e construir, na resistência organizada, os elementos da contraofensiva socialista.
Comissão Política Nacional do PCB