A reunião, que contou com a presença de cerca de 50 militantes e dirigentes regionais de 15 estados, também decidiu aprovar, ad referendum da Conferência Nacional – que o Partido deve realizar nos próximos meses, precedida de conferências estaduais – o posicionamento do PCO diante do processo eleitoral e da evolução do golpe de estado com a prisão ilegal e política do ex-presidente e maior liderança popular do País, Luís Inácio Lula da Silva. Ficou decidido:
- Que o Partido não lançará candidato à presidência da República e apoiará a candidatura de Lula a presidente, contra o golpe;
- O PCO intensificará a denúncia dos que se pronunciem por uma “saída” articulada com os golpistas, aceitando eleições fraudulentas sem a participação de Lula. Eleições sem Lula representam o aprofundamento do golpe e de modo algum podem ser referendadas pelas organizações dos trabalhadores. É Lula ou nulo!
- O PCO chamará a todas organizações de luta dos trabalhadores a aprovarem, o apoio à candidatura de Lula, como instrumento de mobilização contra o golpe e de defesa das reivindicações dos explorados e de suas organizações na luta política que tende a se intensificar no processo eleitoral;
- O PCO lançará centenas de candidaturas operária e socialistas para governador, senador e deputado federal e estadual para usar a campanha como uma tribuna de luta contra o golpe; sem apoiar qualquer aliança com partidos golpistas e burgueses, inimigos da luta dos trabalhadores.
Para a Conferência Nacional Aberta e para o debate junto a todo o movimento operário, popular e estudantil o PCO lançará um conjunto de teses visando promover um amplo debate entre os trabalhadores e a juventude e, principalmente, impulsionar uma ampla mobilização pela liberdade de Lula, contra as “reformas” golpistas, pela anulação do impeachment e por Lula presidente contra o golpe.
Na reunião, que se encerrou quando fechávamos esta edição, foi feito um balanço da evolução da luta política do Partido, destacadamente do avanço da imprensa partidária, do ato de 1º de maio em Curitiba,
do expressivo crescimento do Partido e da multiplicação dos comitês de luta contra o golpe, estabelecendo-se diretrizes políticas para a ampliação desse trabalho no próximo período.
O PCO decidiu ampliar os instrumentos de agitação e propaganda, com a produção de um boletim periódico de campanha específico para os comitês, de mais centenas de milhares de cartazes e adesivos pela libertação de Lula e o por Lula presidente, acenando ainda com a possibilidade de um programa semanal dos comitês pela Causa Operária TV.
Além disso, o PCO realizará em junho uma série de palestras em países europeus como Espanha, Suíça, Bélgica, França, Inglaterra e Dinamarca, que hoje contam com comitês de luta contra o golpe e em defesa da liberdade de Lula. O objetivo é denunciar no exterior o golpe, estreitando relações com organizações internacionais de defesa dos trabalhadores.
O Comitê Central Nacional elaborou ainda um calendário preliminar de atividades que incluem participação ativa de sua militância no Congresso do Povo organizado pela Frente Brasil Popular, bem como nos demais os atos já programados pela Frente, fazendo um chamado à mobilização contra o golpe, pela liberdade de Lula e em apoio à sua candidatura à presidência da República.
Além disso, definiu-se a realização da 42ª Universidade de Férias na segunda quinzena de julho, com temática em torno à história política do Brasil do fim da ditadura militar até os dias de hoje.
Uma cobertura completa das resoluções dessa importante reunião serão apresentadas nas próximas edições do Diário Causa Operária e na programação do Causa Operária TV.