Depois de sete dias greve, o Brasil começou a segunda praticamente paralisado diante da falta de combustível e com a ameaça de ampliação do movimento grevista com a participação dos petroleiros, motoristas de vans e muitos outros setores.
A greve dos caminhoneiros serve de impulso para a Centra Única dos Trabalhadores (CUT) chamar, novamente, uma greve geral nacional, dessa vez por tempo indeterminado. Os caminhoneiros entraram em um embate direto com uma política neoliberal ditada pelo imperialismo contra o conjunto dos trabalhadores brasileiros. Eles pedem a redução do preço de todos combustíveis. Praticamente ninguém é contra essa reivindicação no Brasil, com exceção de meias dúzia de especuladores, do imperialismo, da imprensa burguesa e seus jornalistas venais. Só é possível que essa reivindicação seja atendida de fato com uma derrota do golpe.
A paralisação dos caminhoneiros coloca o governo golpista em xeque. Por um lado, o governo a serviço da Shell e da Chevron não pode ceder às reivindicações dos caminhoneiros. Isso descontentaria aos gringos que impulsionaram o golpe que derrubou o PT. Por outro lado, a direita não está conseguindo combater os caminhoneiros frontalmente. Essa situação expõe a fragilidade do governo golpista e ilegítimo, um governo sem apoio e incapaz de agir diante da crise que se colocou.
Diante dessa fragilidade dos golpistas, que usurparam o governo para agir contra os trabalhadores e todo o povo brasieliro, é preciso aproveitar a oportunidade e impedir que o golpe continue atuando contra a classe trabalhadora. É preciso aproveitar a oportunidade para derrotar o golpe e o neoliberalismo. Para isso, é preciso generalizar a greve. Muitos setores já estão parados por falta de condições para continuar trabalhando.
É uma situação propícia para levar adiante uma greve que englobe todos os setores organizados e convocar os trabalhadores e a juventude a sairem às ruas em todo o País.
Começando pelos petroleiros, passando pelo transporte público e chegando até às fábricas. Os trabalhadores têm uma chance de impor uma dura derrota à direita e liquidar de uma vez por todas o governo golpista.
Para isso é preciso que a maior organização de luta dos trabalhadores brasileiros, a CUT, convoque seus milhares de sindicatos a mobilizarem e decrete a greve geral.
Além de apoiar a pauta de reivindicações dos caminhoneiros e petroleiros é preciso destacar a necessária luta pela nacionalização do petróleo (a riqueza do petróleo do Brasil para o povo brasileiro), a reestatização da Petrobrás (100% estatal, sob o controle dos trabalhadores) e a o fim do regime golpista para tirar o País do caos, com liberdade para Lula, anulação do impeachment (Fora Temer e volta da presidenta eleita pelo povo, Dilma Rousseff) e realização de eleições livres e democráticas, com Lula presidente!