A Petrobras já havia anunciado que buscava o “acordo” desde janeiro e que seu valor era de US$ 2,95 bilhões, para o que foi feito um provisionamento. Isto significa que este bilionário desvio estava preparado pela administração de Pedro Parente, demitido após a greve dos caminhoneiros e petroleiros.
A “Class Action” foi movida por investidores da estatal a pretexto de supostas perdas provocadas pelo suposto envolvimento da companhia nos supostos desvios investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ou seja, a ação dos especuladores norte-americanos teve como base a campanha de denuncias e manipulações levadas adiante pelos golpistas como base para atacar o governo do Pt e derrubar a presidenta eleita Dilma Rousseff, por meio do impeachment fraudulento e comprado em 2016.
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o valor dessa “indenização” parcial, que passa dos R$ 10 bilhões, é sete vezes maior do que os R$ 1,4 bi, que os golpistas defensores Operação Lava Jato alegam ter recuperado para a companhia.
Acertadamente, o coordenador geral da FUP, Simão Zanardi, destacou que “a decisão da estatal mostra a subserviência da Petrobras frente ao mercado financeiro internacional“.
A decisão da diretoria da Petrobrás é mais um desfalque em todo o povo brasileiro – verdadeiro dono da empresa – que está pagando uma das gasolinas (e outros derivados) mais caras do mundo para sustentar os ganhos dos especuladores internacionais e também nos acionistas “nacionais” da empresa, uma vez que a “indenização” será paga apenas aos tubarões internacionais. Isso sem falar na expropriação dos dezenas de milhares de operários do setor petrolífero que geram a riqueza da empresa que está sendo desviada da empresa, no mesmo em que a direção da empresa recorre de decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que manda pagar indenização devida ao petroleiros.
Como denunciou a FUP, os R$ 10 bilhões pagos aos norte-americanos deixam claro que é “o pagamento pelo apoio que os Estados Unidos deram à Operação Lava Jato e, consequentemente, ao golpe de 2016″.