Apesar de deixar cerca de 24 milhões de brasileiros sem nenhum tipo de assistência médica, a pressão feita por Bolsonaro, em um claro sinal de alinhamento com a política externa norte-americana, foi elogiada pelo governo dos EUA; “Que bom ver o presidente eleito Bolsonaro insistir em que os médicos cubanos no Brasil recebam seu justo salário ao invés de deixar que Cuba leve a maior parte para os cofres do regime”, postou o Departamento de Estado nas redes sociais
247 – Os cerca de 8,3 mil profissionais cubanos distribuídos por cerca de 2,2 mil municípios brasileiros e que hoje fazem parte do Programa Mais Médicos começarão a deixar o Brasil com retorno ao seu país de origem dentro de dez dias. Apesar de deixar cerca de 24 milhões de brasileiros sem nenhum tipo de assistência médica, a pressão feita por Bolsonaro sobre os médicos cubanos, em um claro sinal de sintonia com a política externa norte-americana, foi elogiada pelo governo dos Estados Unidos.
“Que bom ver o presidente eleito Bolsonaro insistir em que os médicos cubanos no Brasil recebam seu justo salário ao invés de deixar que Cuba leve a maior parte para os cofres do regime”, postou nas redes sociais a principal funcionária do Departamento de Estado para a América Latina, Kimberly Breier.
O retorno dos médicos foi anunciado pelo governo de Cuba foi na última quarta-feira (14) em função de declaração feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) onde questionou a formação destes profissionais, além de exigir mudanças nas regras do acordo firmado junto à Organização Pan Americana de Saúde (Opas).
As datas dos primeiros embarques foram comunicadas ao presidente do Conasems, Mauro Junqueira, durante uma reunião realizada nesta quinta-feira, e a expectativa é que todos os médicos cubanos que hoje atuam no programa deixem o país até o final deste ano. O Ministério da Saúde informou que irá lançar um edital em caráter de emergência para tentar suprir a demanda provocada pela saída dos cubanos do país.
A estimativa é que pelo menos 24 milhões de brasileiros fiquem sem nenhum tipo de assistência à saúde em função da saída dos médicos cubanos, além de ameaçar outras iniciativas como o Programa de Saúde da Família (PSF). Como estes profissionais realizam o atendimento em áreas rurais, cidades e localidades pequenas e distantes dos grandes centros, comunidades indígenas e áreas conflagradas, estados e municípios já começaram a pressionar o Governo Federal para que seja encontrada uma solução urgente para o problema.