O discurso dos que defendem esse projeto de lei, que visa censurar o que os professores ensinam em sala de aula, é que deve haver "neutralidade no ensino". Argumentando que os professores "doutrinam os alunos" desde o ensino infantil até o ensino médio. Por trás desses argumentos pífios, que vai contra a liberdade de cátedra para ensinar, é um projeto que visa defender o conservadorismo impondo apenas um ponto de vista.
A escola deve ser um ambiente libertador onde o individuo aprenda com as diferenças. Não é e não deve ser um ambiente onde reine somente o pensamento da classe dominante, o professor deve apresentar aos alunos diversos pontos de vista sobre um determinado assunto, incentivando a criticidade dos alunos através de debates sobre temas polêmicos. O resultado dessa pesquisa mostra que a sociedade não tem acordo com o conservadorismo predominante na câmara e no senado. O idealizador e os que defendem esse projeto são contra a discussão de gênero em sala de aula, entre outros temas polêmicos como racismo, machismo e xenofobia.
O senador conservador provavelmente desconhece as Leis de Diretrizes e Bases (LDB), ao tentar vetar a liberdade dos professores e impedir que os alunos aprendam a respeitar e conviver com as diferenças ele também está tentando silenciar as mulheres, os lgbts, os negros e imigrantes. Os professores, pais e alunos devem continuar combatendo esse projeto de lei que visa silenciar os professores. A escola deve ser o espaço democrático onde pais, alunos e professores possam construir uma educação que liberte e não que oprime os alunos.