Citada pelo jornal Público, Dilma Rousseff afirmou esta semana em São Paulo que lutou “contra a ditadura, lutei contra o cancro e agora vou lutar contra qualquer injustiça”. Dilma tentou evitar o julgamento, pôs uma ação no Supremo Tribunal para o anular, mas perdeu. Nas últimas semanas, procurou, sem sucesso, adiá-lo. Lula da Silva afirmou há uma semana à BBC que “a história não termina dia 29. Ela começa dia 29”. O seu Partido dos Trabalhadores (PT) continua a defender que a direita está a usar a acusação das "pedaladas fiscais" para fazer um julgamento político e sobrepor-se ao resultados das últimas eleições.
A esquerda de um pouco por todo o mundo manifestou-se contra o golpe, mas no Brasil a base de apoio de Dilma não tem crescido, apesar de ter tido alguma visibilidade durante o Jogos olímpicos e de se manterem grupos de resistência "Fora Temer". A sua prestação, tal como, aliás, a de Michel Temer, continua a ser avaliada muito negativamente pela população. Um inquérito do final de maio revelou que 69% dos inquiridos classificavam o seu desempenho como mau ou péssimo e Temer, por sua vez, tinha o apoio inequívoco de apenas 13% das pessoas.