Há algum tempo que a [farsa da] democracia vem produzindo presxs políticos em série, pra não dizer do extermínio da população negra e periférica. Nas jornadas de Junho de 2013 não foi diferente, o então governo Dilma, em conlúio com a classe dominante e seus ventrílocos de plantão, não titubeou em usar da força para conter os atos que conseguiram derrubar a tarifa. Do mesmo modo que estimulou a repressão e a prisão dxs lutadores, como aconteceu com o Vicente no Rio Grande do SUl, também desapareceu com muitxs companheirxs, o caso Amarildo no Rio está aí para provar.
A prisão de ontém, 4 de setembro, de 26 jovens que se preparavam para participar de uma manifestação em São Paulo, evidencia a repressão estatal que desde sempre impede a população de lutar por condições dignas de vida. Não foi à toa que o governo Lula encabeçou o golpe de estado no Haiti em 2004: ao “liderar” as tropas da OTAN (Organização do Tratato do Atlântico Norte), o governo brasileiro almejava adquirir tecnologia para controlar as populações que moram nas favelas e quebradas. Sob a tutela do império estadunidense e das técnicas de constra insurgência de Israel (produzidas a partir dos experimentos na Palestina), os milicos brasileiros foram treinados em campo de combate. Com este estes procedimentos de inteligência, o Estado brasileiro, então chefiado por Lula (agora “inimigo” do atual governo), implementou as Unidades de Polícia Pacificadora que, ao invés de pacificar, incendiaram as favelas do Rio de Janeiro, produzindo um grande êxodo populacional, uma vez que substituiram o tráfico local (moradores com fortes vínculos afetivos na favela) por paramilitares, que apenas tem legitimidade pelo terror que impõem a todxs moradores.
Como toda tecnologia exige uma adequação das regras de funcionamento da sociedade na qual são inseridas, o governo Dilma, em março 2016, aprovou a lei “Anti-terrorismo” que tipifica e transforma a ação política em crime de terrorismo. Com base neste novo artifício jurídico, o Estado pode prender, torturar, sequestrar, atuar fora da lei para “garantir” a ordem e a própria “lei”. Não nos enganemos, compas. O TERRORISMO DE ESTADO pode mudar de cara, pode mudar de nome, mas continua sendo terror, e o seu principal inimigo é o povo, principalmente se estiver organizado, forte.
Não podemos esquecer que os 26 foram presos em frente do Centro Culutral de São Paulo, antigo DOPS, um dos maiores símbolos de repressão e arbitrariedade do Estado. Inúmeros companheirxs foram torturados e morto neste centro de tortura, que até hoje faz suas vítimas.
A solidariedade para nós não é uma mera palavra escrita.
Se nos toca a um, nos tocam a todxs!
Todo poder para o povo!
Arriba lxs que luchan!
Venceremos!