O fascismo é um movimento que encontra sua base na pequena burguesia e nos setores mais atrasados da classe operária. Seus líderes são financiados pelos grandes capitalistas e seu objetivo é destruir não só a democracia operária, as organizações do proletariado e os partidos de esquerda, mas também a democracia burguesa, com o objetivo de instalar uma ditadura acabada. Para isso, usam de métodos para deixar a esquerda na defensiva – intimidação por meio de ataques morais, ataques diretos a sindicatos e sedes de partidos etc. – e se desenvolvem a partir da passividade do movimento operário.
Com o golpe de Estado no Brasil, o imperialismo estimulou uma extrema-direita raivosa de tipo fascista. A partir da passividade do PT e da esquerda em geral, os fascistas sentiram-se à vontade para atacar personalidades da esquerda, sedes do PT etc.
Os recentes ataques do MBL ao Partido da Causa Operária mostram também o caráter protofascista do grupo; uma tática do fascismo é desmoralizar os partidos de esquerda com acusações morais. Com o trecho da Análise Política da Semana, apresentada por Rui Costa Pimenta, postado pelo Movimento Brasil Livre com o título “Assustador: aliado de Lula prega o assassinato de Fernando Holiday”, pretendem intimidar o Partido que luta de forma consequente contra a direita golpista. Além disso, enviam seus cães de guarda, declaradamente fascistas, para amedrontar o Partido, ameaçando o presidente da organização, Rui Costa Pimenta.
O fascismo só pode ser derrotado a partir de uma batalha política firme e direta contra esta tendência contrarrevolucionária. A passividade da esquerda burguesa e pequeno-burguesa, como o PT, PCdoB, PSOL, PSTU, PCB etc., só dá condições para o crescimento da extrema-direita. O discurso “democrata” também. É necessário fundamentar a luta não nas instituições burguesas e efêmeras, mas sim onde ela se dá realmente: na luta de classes.
Os fascistas, em determinados momento do desenvolvimento da luta, se organizam em um partido de extrema-direita e formam organizações paramilitares para combater diretamente a esquerda. O discurso democrático deles é só um verniz. Assim como o do MBL. Usam dele para ganhar elementos confusos da classe média. Mas sua base mesmo são os cachorros loucos que saem às ruas para atacar a esquerda e as organizações operárias.
Contra isso, é necessário formar milícias operárias e organizações de autodefesa da classe trabalhadora. A passividade e a falta de reação são os principais motivos para o avanço do fascismo. A agitação, a luta política e, se necessário, a luta direta são as condições para o esmagamento da extrema-direita.