O governo Temer, “puro-sangue da burguesia”, sabe muito bem a que veio e pretende implantar sua política de destruição de direitos trabalhistas e previdenciários e acelerar o processo de contrarreforma do estado, iniciado por Collor, aprofundado por FHC e reiterado por Lula e Dilma, para tornar cada vez mais sofisticados os mecanismos capitalistas de exploração e de opressão.
De sua autoria e contra nós, por meio de medida provisória, caminha a contrarreforma do Ensino Médio, que pretende alterar a matriz curricular, reduzir o número de professores e ampliar a dimensão reprodutivista da escolarização, tornando-a cada vez mais uma mera oficina preparatória de força de trabalho para a exploração capitalista.
Além disso, também a mando de Temer, tramita no Senado a PEC 55, antiga PEC 241, aprovada a toque de caixa na Câmara dos Deputados, que pretende reduzir drasticamente os investimentos nos serviços públicos por 20 anos, para matar por asfixia os já combalidos sistemas públicos de saúde, assistência social e educação, fomentando a iniciativa privada nestes setores. Fica claro, no texto da PEC, que os interesses da maioria foram deixados de lado em nome dos detentores da maior parte da riqueza do país, já que o dinheiro economizado servirá, acima de tudo, para pagar os juros da dívida pública, garantindo o lucro dos banqueiros e dos empresários.
Para enfrentar tal conjuntura, barrar estes ataques e os próximos, que certamente virão, como a contrarreforma trabalhista e a previdenciária, é necessário que organizemos, a partir de nossos locais de trabalho, estudo e moradia, manifestações e paralisações, acumulando forças para a realização de um movimento grevista de grandes proporções, que possa parar o setor produtivo e atingir de forma contundente os interesses capitalistas.
Porém, nossos problemas não se restringem à burguesia e seu governo puro-sangue. Além deles, também trabalham contra nós outros dois fatores: os dirigentes sindicais pelegos, que apoiam escancaradamente ou veladamente o governo Temer, dispostos a vender nossos direitos, e a alienação de nossa própria classe.
Sabemos, portanto, que a Greve Geral é necessária, pois as condições objetivas são evidentes. Trata-se agora de convencer a classe a movimentar-se para si.
Dia 25/11, sexta-feira, vamos às manifestações, às paralisações e às greves, para construirmos a necessária Greve Geral, pois motivos não nos faltam.
EXECUTIVA NACIONAL
UNIDADE CLASSISTA, FUTURO SOCIALISTA!