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Diário Liberdade
Terça, 24 Mai 2016 16:06

'Foge, homem, foge. Diários de um preso FIES', publicado em galego

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País: Galiza / Resenhas / Fonte: Diário Liberdade

Fuxe, home, fuxe. Diario dun preso FIES, do corunhês Xosé Tarrío, um clássico da literatura anti-carcerária, acabou de ser editado pela primeira vez em galego. Desde a sua edição em castelhano em 1997 converteu-se num texto de referência pela sua denúncia da realidade das prisões no Estado espanhol. A edição vai ao cargo da associação sem fins lucrativos Nais contra a impunidade.

A obra constitui um alegato de denúncia contra o sistema penal, e reflete as ânsias de liberdade de uma vida que foi pura rebeldia.

Nais contra a impunidade

É uma associação galega formada por familiares, amigos e pessoas solidárias de pessoas falecidas ou maltratadas nos centros de detenção do estado (esquadras policiais, cadeias, psiquiátricos, centros de menores). Entre os seus membros fundadores está a mesma mãe de Xosé Tarrío, assim como advogados e advogadas, professorado universitário, familiares de pessoas presas e outras pessoas ativistas dos direitos das pessoas presas.

Os seus objetivos som denunciar e lutar contra os tratos deshumanos e degradantes nas prisões, assim como contra toda a forma de exclusão social (mulheres, imigrantes, portadores de VIH). Desde a sua criação em março do 2012 o seu trabalho baseia no apoio jurídico, na formação, na ajuda pessoal direta e na organização de atos públicos de solidariedade.

Xose Tarrío (Corunha, 1968) era o segundo de cinco irmãos de uma família humilde do bairro corunhês de Katanga. Durante a sua adolescencia passou numerosas temporadas em internados e reformatórios até que acabou entrando na cadeia para cumprir 2 anos, 4 meses e 1 dia por culpa de um pequeno roubo motivado pela sua dependência das drogas. Dado o seu carácter rebelde e contestatário, após numerosas tentativas de fuga acabou acumulando 71 anos de condenação. Finalmente passaria 17 anos na prisão -12 em regime de isolamento e classificado como preso FIES-, sem chegar a desfrutar de qualquer permisso, nem do terceiro grau. Ao pouco tempo de sair da cadeia morreu por um acidente vascular cerebral com 36 anos de idade.

Os seus textos fazem uma dura denúncia em primeira pessoa da realidade da prisão, da política de dispersão, da permisividade com o tráfico de drogas e a violência e o embrutecimento do funcionariado das prisões, tolerado e fomentado pelas instituições penitenciárias. Sobretudo, para aquelas presas e presos que se atrevem a queixar-se do estado das coisas. Tarrío acabou convertido num ativista libertário e anti-carcerário, símbolo para muitas outras pessoas presos em similares circunstâncias.

Os livros podem-se adquirir no Ateneo da Corunha (Rua La Paz nº 16 Cp 15007) ou escrevendo ao correio electrónico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

A organizaçom Nais contra a impunidade também edita um outro título do mesmo autorem castelhano, Que la lucha no muera. Ante la adversidad: rebeldia y amistad.

Com informações de Nais contra a impunidade.

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