A Gentalha do Pichel acabou de emitir um comunicado em que "celebra" que o catálogo por ela elaborado permita eliminar a simbologia fascista ainda presente na capital galega, mas lembra que essa medida chega tarde. O coletivo associativo "louva e parabeniza" o governo municipal de Compostela Aberta, mas ficará atento para que nom fique em águas de bacalhau.
A seguir reproduzimos o comunicado da Gentalha do Pichel:
O passado dia 16 de fevereiro a Cámara municipal de Compostela aprovou por unanimidade umha moçom apresentada polo BNG para a eliminaçom de simbologia franquista de dez edifícios públicos que se atopam dentro dos limites municipais, valendo-se do inventário de escudos, cruzes, inscriçóns e símbolos fascistas elaborado pola comissom de História da Gentalha do Pichel [PDF, 2'4 Mb]. Celebramos que dito inventário seja umha ferramenta útil para a cidade e agradecemos ao BNG incluí-lo na sua moçom. Nom era sem tempo, durante décadas diferentes organizaçóns sociais levamos denunciando esta situaçom, atopando-nos sempre com a indiferença dos sucessivos governos municipais.
É de louvar e parabenizar esta iniciativa política, mas aguardamos que nom fique em papel molhado. Animamos o governo municipal a que tome as medidas necessárias para erradicar toda a simbologia fascista, nom só daqueles que constituem parte do património municipal, também deve instar o resto das administraçóns, empresas ou entidades que persistem, com argumentos demagógicos, em manter estes elementos franquistas.
A corporaçom municipal nom pode eximir-se da sua responsabilidade e deve procurar que a USC, a Igreja, Correios, ADIF ou instalaçóns privadas de qualquer tipo destruam a simbologia golpista. Lembremos que proximamente vam começar as obras da nova estaçom intermodal, por tanto, as cidadás de Compostela nom entenderemos que nom se aproveite esta circunstância para destruir o escudo baixo a escada que dá aceso a estaçom. Será umha boa oportunidade de que a administraçom municipal demonstre se a decisom adotada tem consequências reais.
Compostela, Fevereiro de 2017