Os trabalhadores e as trabalhadoras de Alcoa realizárom umha manifestaçom a primeira hora desta quinta-feira para exigir que se readmita um companheiro despedido, depois do acidente registado na fábrica de Sam Cibrao no passado dia 20 de junho. A marcha desenvolveu-se com a palavra de ordem "Pola defesa dos postos de trabalho. O despedimento nom é a soluçom".
A direçom, segundo explica o presidente do Comité, Xosé Paleo, culpabilizou em exclusiva o trabalhador polo acidente no que outro operário resultou ferido grave. Porém, esclarece, no relatório elaborado pola representaçom social para a Inspeçom de Trabalho, demonstra-se que o operário despedido cometeu (do ponto de vista da segurança) umha falta, mas esta nom foi a causa raiz do acidente.
A origem da condensaçom de vapor que provocou queimaduras graves no operário está na presença de umha válvula que qualificam de fantasma", já que nem tem denominaçom nem está recolhida em nengum plano.
Esta válvula foi instalada há cinco anos para a realizaçom de umhas provas e abrira-se quinze dias antes do acidente para a realizaçom de novos testes, ficando aberta. "Mas a empresa nom di nada da presença desta válvula no seu relatório", denuncia Paleo, "ao invés, apanha o companheiro como cabeça de turco", aplicando-lhe a sançom mais dura: o despedimento.
Neste senso, lembra que poucos dias antes tinha acontecido um acidente mortal nas instalaçons da Marinha, daí que se tema que a decisom de despedir o trabalhador tenha um caráter mais exemplarizante e para alijar culpas, do que de interesse real por apurar responsabilidades e corrigir deficiências na prevençom e na segurança. Por isso parte do motivo da mobilizaçom de hoje seja denunciar que "o despedimento nom é a soluçom".
Medidas de pressom
Apesar das tentativas do Comité para chegar a acordos e que ponham outro tipo de sançom ao companheiro, a Direçom nom recuou na sua decisom. Face a isto, o pessoal acordou desenvolver nesta quinta-feira umha manifestaçom, entre as 07:30 e as 09:00 horas, que partiu da saída do cruzamento de subministraçom e ocupou as três entradas à fábrica.
Mas também, iniciar açons de pressom como a nom realizaçom de horas extraordinárias -exceto as que forem de força maior-; cumprir as normas de procedimento a 100%; denunciar qualquer pressom para realizar o trabalho saltando-se as normas; nom assinar permissons de acesso por quem nom tiver responsabilidade de comando ou sem verificar que se cumpre a 100% a consignaçom; nom assinar a formaçom que nom se realiza; ou nom dobrar ou alterar turnos a pedido da empresa, entre outras questons.