A crítica à chamada "Lei de Predaçom Empresarial" era o motivo inicial de umha manifestaçom que seguramente nom teria umha resposta tam massiva se nom tivessem acontecido, depois da convocatória e antes da data da mobilizaçom, incêndios que destruírom quase 40 mil hectares de monte galego e causárom 4 mortes.
Na manifestaçom houvo um claro rejeitamento à estratégia legislativa do PP, que com umha lei ad hoc simplificou os trámites administrativos de supervisom ambiental e patrimonial, favorecendo todo o tipo de projeto empresarial agressivo com o meio, como os de minaraçom rejeitados por motivos ambientais nos últimos anos, os geradores eólicos ou mesmo a exploraçom florestal do monte com critério de monocultura. A previsível mudança das leis de Montes, de Mineraçom, de Aproveitamento Eólico fica aberta com o novo quadro legal em que as garantias ambientais som substituídas por "declaraçons responsáveis", desregulando o controlo das propostas empresariais que afetam o ambiente.
Numerosos coletivos ambientalistas, sindicais, políticos, culturais, juvenis, de pessoal anti-incêndios, etc, participárom na manifestaçom, na qual os incêndios e a sua relaçom com as leis autonómicas fôrom protagonistas, poucos dias depois de umha das mais graves vagas incendiárias dos últimos anos. Os diversos setores da esquerda política e social atuante na Galiza marcárom presença, desde os institucionais até os extra-parlamentares, social-democratas, anarquistas, soberanistas e independentistas, comunistas, feministas, etc.
O governante PP já saiu nos meios privados e públicos denunciando a "politizaçom" dos incêndios, um tema que, segundo parece, preferiria deixar fora de qualquer fiscalizaçom, tomando as suas próprias decisons políticas em conluio com os poderes economicos e sem oposiçom nas ruas.
Porém, milhares marchárom pola capital galega, com atitude entre festiva e reivindicativa, embora com algumhas faíscas de rebeldia explícita em forma de legendas escritas sobre fachadas de lojas de multinacionais e entidades bancárias ao longo do percurso, algumhas explicitiamente dirigidas a reclamar "sabotagem a ENCE".
Como é habitual, pessoas do mundo do espectáculo assumírom o protagonismo dos discursos finais.
A reivindicaçom de umha nova política agrária e florestal marcou a jornada de mobilizaçom nacional deste domingo.
Incorporamos a seguir a vídeo-crónica do coletivo Galiza Contrainfo