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Diário Liberdade
Domingo, 22 Abril 2018 04:00 Última modificação em Quinta, 26 Abril 2018 05:15

Escrever a identidade galega do século XX através da Literatura

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País: Galiza / Língua/Educaçom / Fonte: Diário Liberdade

[Rodrigo Moura] O século XIX surge com uma função de reafirmar as raízes galegas e, de certa forma, tem a função de reconstrução da língua, cultura e literatura galega. Inicia-se um período chamado de Rexurdimento cuja principal função foi o de produzir textos em língua galega falando sobre o sentimento da soidade. Dever-se-ia citar, antes de mais nada, a figura magistral de Rosalía de Castro que com sua poesia auxiliou para uma verdadeira reconstrução das Letras Galegas.

O início do século XX foi marcado por um momento de crise da sociedade tradicional galega, em virtude das mudanças tecnológicas que afetaram todo o arcabouço cultural galego. Nota-se uma renovação notável operada nos mais diversos campos, sobretudo no que diz respeito aos meios de produção de inúmeros produtos. Além disso, os campesiños encontraram-se mais informados sobre a realidade cultural galega acrescido de um aumento significativo do público leitor

A etapa inicial desta mudanza acontecida nas decadas de 1910 e 1920 tivo como resultados visibles o acesso do campesiñado á propriedade da terra, unha certa modernización da agricultura, a desaparición da clase rendista fidalga e un demorado crecemento da poboación de residencia urbana (MILLÁN, 2000, p. 229).

No âmbito da literário, vemos no início do século XX o florescer de uma estética que explicará a identidade e a cultura galega a partir do elemento rural. O ruralismo com suas inúmeras facetas representou muito bem essa etapa da história galega. Na verdade, nesse processo de reconstrução e reafirmação de uma cultura própria, autores como: Otero Pedrayo, Vicente Risco e Castelao escreveram verdadeiros postulados sobre a terra e o povo galego, tendo o labrego, isto é, o camponês, o agricultor como figura central das narrativas desenvolvidas nessa época.
Foron as peculiaridades da socialización en Galicia, unha cultura basicamente rural na que moitos dos labores se desenvolvían en común e na que había de entreter as longas tertulias invernais arredor da lareira, as que determinarían en gran parte a temática do conto popular (VILAVEDRA, 1995, p. 16).

O período que ficou conhecido como Geração Nós foi de extrema importância para a literatura galega, com seu caráter de reconstrução, esse grupo de jovens moços deu à cultura galega uma chance de sobrevivência. Em 1916, na Corunha, foram criadas as Irmandades da Fala, grupo cuja função era a de propagar e traçar novas diretrizes em defesa da língua galega, também foi um grupo que projetou Galiza para frente em meio a tantos percalços.

A segunda metade do século XX foi marcada por uma literatura de caráter mais cosmopolita, posto que a maioria dos autores tiveram contato com a grande literatura universal, sobretudo com a literatura francesa do Nouveau Roman. Em se tratando de um ambiente de guerra civil, prisões e torturas, a literatura galega ganhou uma função de contestação e afirmação perante o governo de Franco. Diferentemente da Geração Nós que tinha como base o mundo rural, essa nova literatura trouxe como pano de fundo o ambiente urbano e temas como: sexo, drogas, crimes entre outros. Esse período ficou conhecido como Nova Narrativa Galega e diz respeito:

a un conxunto determinado de textos, vinculados a un grupo, tamén determinado, de autores, que se publican en Galicia entre 1954 e 1980 e que, tanto polas súas características estéticas como pola concepción particular da literatura que deles se desprende (FORCADELA, 1994, p. 9).

A Nova Narrativa Galega (N.N.G) forma, portanto, uma Escola Literária, ou seja, um conjunto de obras e autores de uma determinada época concreta que reúnem os seus esforços na produção de algumas obras regidas por características comuns. Os principais expoentes da Nova Narrativa foram Xosé Luís Méndez Ferrín, Carlos Casares e Lois Diéguez, entretanto há algumas dúvidas e diferenças no que tange à conceituação e caracterização da mesma.

Poder-se-ia ressaltar que nesse período conturbado muitos autores foram exilados, presos e mortos pelo governo franquista e a literatura galega só sobreviveu através de um intenso labor por parte de autores engajados com sua arte. Viu-se durante esse período inúmeras tentativas de se marginalizar e criminalizar a língua e a literatura galega

Hable bien. Sea patriota. No sea bárbaro. Es de cumplido caballero que Ud. hable nuestro idioma oficial, o sea, el castellano. Es ser patriota. Viva España y la disciplina y nuestro idioma cervantino. Arriba España! (Imprensa Sindical, Corunha. In: VARELA, 1994, p. 300).

A cultura, a língua e a cultura galega tiveram que se refugiar apenas no entusiasmo e na esperança advinda dos exilados que não tardariam em tentar encontrar uma saída nas luzes de suas mãos acorrentadas. De fato, foi na América do sul, sobretudo na cidade de Buenos Aires (Centro galego de Buenos Aires), onde encontramos um tímido, mas importante movimento cultural “galeguista” que auxiliou, dentro do possível, a manter viva a voz galega.

Identidade: alguns pressupostos teóricos

A questão da identidade tem sido exaustivamente estudada no campo das ciências sociais, da filosofia, e atualmente, no ramo da literatura comparada. Essa disciplina com o auxílio das outras tem analisado e elucidado questões concernentes à temática da identidade e identificação.

Faz-se necessário, nesse momento, uma apresentação mínima e geral da evolução dos estudos da identidade ao longo do tempo, passando pelo século XVIII chegando até o conceito de sujeito pós-moderno cuja principal característica é a perda de referência e sua fragmentação no espaço.

Dentro desse prisma, adotaremos a classificação tripartida de Stuart Hall em A identidade cultural na pós-modernidade: Sujeito do Iluminismo, Sujeito Sociológico e Sujeito Pós-moderno, além disso, utilizaremos também os conceitos desenvolvidos por Zygmunt Bauman em: Identidade: Entrevista a Benedetto Vecchi.

O Sujeito do Iluminismo nasce dentro de uma sociedade totalmente fechada cuja identidade é “centrada”, ou seja, há a crença de uma identidade unificada que rege todos os pensamentos e comportamentos dos seres humanos. O nascimento da noção do “indivíduo soberano” situado entre o Humanismo do século XVI e o Iluminismo do século XVIII “representou uma ruptura importante com o passado” (HALL, 2006, p. 25).

Nesse mesmo sentido, o sujeito é visto como indivisível, como unificado, como uno, ou seja, o caráter externo é quase que totalmente anulado. Em se tratando do sujeito galego, pode-se observar que há cidadãos galegos que tem esse sentimento de “uno”, ou seja, mesmo em meio a toda a fragmentação de Galiza, esse sujeito se coloca como bem definido.

Raymond Williams observa que a história moderna do sujeito individual reúne dois significados distintos: por um lado, o sujeito é [indivisível] - uma entidade que é unificada no seu próprio interior e não pode ser dividida, além disso (HALL, 2006, p.25).

Poder-se-ia citar também que a Reforma Protestante, de certa forma, libertou a consciência individual das intituições religiosas da Igreja, colocando o Homem como centro do universo e do pensamento, fazendo surgir, por conseguinte, a noção de sujeito cartesiano, ou seja, o deslocamento do Homem de uma posição periférica para uma posição central, enquanto a figura de Deus vem perdendo lugar e até mesmo credibilidade para o homem do século XVIII.

As revoluções científicas, que conferiram ao Homem a faculdade e as capacidades para inquirir, investigar e decifrar os mistérios da Natureza, e o Iluminismo, centrado na imagem do Homem racional, científico, libertado do dogma e da intolerância (HALL, 2006, p.26).

“A criação de Adão” de Miguel Ângelo pode auxiliar na compreensão dessa aproximação Deus X Homem em que inúmeras rupturas aconteceram, ou seja, a figura do Homem se tornou independente do ser divino. Nesse sentido, podemos fazer uma ponte com o que Descartes postulou sobre o deslocamento de deus do centro do universo. Logo, o sujeito moderno e a identidade parecem surgir em meio a dúvidas e indagações metafísicas: “uma identidade que permanecia a mesma e que era contínua com seu sujeito [a identidade da pessoa alcança a exata extensão em que sua consciência pode ir para trás, para qualquer ação ou pensamento passado” (LOCKE, 1967, p.212-213. In: HALL, 2006, p. 28).

A partir do século XIX surgiu uma nova concepção de sujeito: o sujeito sociológico. Esse tipo de identidade ainda apresenta um “interior” unificado, entretanto o aparato social poderá influenciar e até definir o sujeito e a identidade dos indivíduos. Dentro desse tipo de sociedade, podemos observar duas obras chave que refletem bem o pensamento desenvolvido nessa época: Riqueza das nações da Adam Smith e O capital de Karl Marx, obras cuja genialidade permanecem atuais em nossa literatura.

O empreendedor individual da Riqueza das “ações” de Adam Smith ou mesmo d’O Capital de Marx foi transformado nos conglomerados empresariais da economia moderna. O cidadão individual tornou-se enredado nas maquinarias burocráticas e administrativas do estado moderno (HALL, 2006, p. 30).

Surge, então, uma concepção mais social do sujeito, ou seja, um sujeito formado a partir do meio pelo qual é inserido. Dentro do ambiente de Galiza, podemos exemplificar com o caso dos galegos que apoiaram a ditadura franquista, posto que viveram num ambiente que propiciou esse tipo de pensamento e argumento e há outros que se colocam na posição oposta, ou seja, foram criados em ambientes que não naturalizaram a ditadura.

A sociologia, nesse sentido, foi uma grande crítica do “sujeito cartesiano”, posto que, localizando os sujeitos dentro de práticas sociais e normas coletivas, logo o meio vai influenciar diretamente na concepção, na construção e até reconstrução do sujeito individual. Consequentemente, surge então, novas explicações sobre como o indivíduo constrói sua subjetividade. Nesse momento, o sujeito a constrói a partir de sua participação efetiva em relações sociais mais complexas e alargadas.

A integração do indivíduo na sociedade tinha sido uma preocupação de longa data da sociologia. Teóricos como Goffman estavam prontamente atentos ao modo como o [eu] é apresentado em diferentes situações sociais, e como os conflitos entre esses diferentes papéis são negociados (HALL, 2006, p.32).

A concepção de sujeito sociológico abriu espaço para a multiplicidade de “eus” que foi processada pela Pós-modernidade ou Modernidade Tardia cujo sujeito parece descentrado, ou seja, seu núcleo antes sólido e firme agora se fragmenta pelos ares. A identidade, portanto, passa a ser uma problemática essencial na compreensão do homem, e a literatura retrata essa crise através da arte literária.
Poder-se-ia pensar as descobertas de Freud sobre o inconsciente como um dos principais descentramentos do sujeito contemporâneo. A teoria de Freud sustenta que nossas identidades são formadas com base em processos psíquicos e simbólicos do próprio inconsciente que atua de uma forma completamente diferente da Razão. Logo, cai por terra toda a noção de “sujeito cartesiano”, posto que o homem que antes era visto como o dono de uma única e sólida identidade, agora vê-se diante de seu próprio inconsciente, como um outro “eu” que o fragmenta e o desloca. Nesse momento o “penso, logo existo” de Descartes sofre um intenso colapso.

No âmbito sócio-cultural, podemos incluir as influências do processo de Globalização sobre as identidades pessoais e culturais, pois com o advento de uma interconexão acelerada entre os povos, as fronteiras tornam-se muito pequenas, possibilitando uma nova visão do “ser” e do “estar”. Em Galiza, por exemplo, notamos dois movimentos interessantes: um deles luta pelo retorno a um lugar seguro, ou seja, lutam contra os ventos globalizadores com sua tendência padronizadora, e outro movimento mais aberto à Globalização. Nesse sentido, podemos repensar a identidade nacional atrelado a um pertencimento à determinada nação. Como nos lembra Zygmunt Bauman: “Globalização significa que o Estado não tem mais o poder ou o desejo de manter uma união sólida e inabalável com a nação” (BAUMAN, 2003,p.34).

Há em Galiza, por exemplo, o sentimento de Nação sem Estado, ou seja, os galegos reconhecem sua língua, cultura e literatura própria, mas não sentem-se representados pelo governo de Madri. Entretanto, tem-se observado uma grande fragmentação do espaço galego, sobretudo a partir da enorme influência do “viver em castelhano”, quer dizer, adotar o castelhano como língua e Espanha como nação parece algo mais atrativo no âmbito global, afinal de contas, pouco se sabe sobre Galiza e seu povo.

Vimos, portanto, três noções distintas de concepção do sujeito: a primeira coloca o sujeito como sendo uno, unificado, dono da sua própria razão de ser. A segunda traz a relação entre sujeito e sociedade, ou seja, como a sociedade auxilia na construção da subjetividade. A terceira marca o descentramento dos sujeitos, ou seja, a perda de um centro unificado que conduz a uma fragmentação identitária. Após esses breves pressupostos, passaremos a uma tentativa de reescrever a identidade galega através de sua literatura produzida no século XX.

Reescrever a identidade e a literatura galega: século XX

A literatura galega do século XX faz inúmeras indagações no que tange ao processo de identificação dos sujeitos, sobretudo com a literatura produzida a partir da segunda metade deste século, posto que esta reflete uma nova concepção de ser galego, um ser urbano, fragmentado e inquieto. Além disso, a crítica literária avança nos seus estudos com nomes como: Dolores Vilavedra, Manuel Forcadela e Anxo Tarrío Varela.
Uma pergunta constante neste novo século é sobre o caráter periférico da literatura galega. Esta condição surge quando há uma certa necessidade de se explicar a especificidade do funcionamento do texto literário galego em uma situação linguística sem normatização, ou seja: “... o idioma galego se atopa nunha situación non normalizada (tamém cualificada como “minorizada”) e que esta condición ten importantes repercursións no texto literário en tanto acto de fala, na súa produción e recepción” (VILAVEDRA, 1999, p.26).

A condição periférica da literatura galega é inseparável de sua expressão linguística, sobretudo no desenvolvimento do relato breve. Este gênero foi de extrema importância para o tipo de literatura desenvolvida em Galiza, porque conseguia produzir um texto mais sintético e acessível à população galega da época, acostumada a ler em castelhano. O relato breve, surge como uma necessidade para a promoção e sobrevivência da literatura galega contemporânea.

Dever-se-ia citar alguns momentos históricos em que instituições públicas e sociais sofrem uma imensa transformação tão profunda que as diversas práticas sociais e culturais têm que demonstrar seu impacto. Com o triunfo fascista de 1936 acrescido aos três anos da guerra civil que provocaram uma ferida histórica de graves repercussões na literatura galega contemporânea. Muitos escritores foram exilados, presos e até mortos.
No início da década de 1950 começaram a surgir, mesmo que de forma tímida, alguns sinais de mudança no fazer literário galego. Um fator de grande importância foi a criação do Editorial Galaxia em 1950 que serviu de base para a publicação de novos escritores e foi responsável por uma espécie de novo ressurgimento literário galego.

A Nova Narrativa Galega, conjunto de algumas obras e autores que publicaram entre as décadas de 1950 e 1980, também foi decisiva na reconstrução da literatura e da identidade galega, porque renovou essa literatura tanto na temática, com uma temática mais urbana e cosmopolita, quanto em relação ao gênero privilegiado - o relato breve, por ser mais fácil e rápido de ser lido.

Este foi o obxectivo prioritario do movemento literario que se deu en chamar Nova Narrativa Galega, calco da expresión [Nouveu Roman] coa que se denomina o movemento de renovación técnica e temática experimentado pola narrativa francesa nos anos cincuenta (VILAVEDRA, 1999, p. 31).

Na década de 1970 inicia-se um período de confirmação do processo de modernização técnica começado pelos autores da Nova Narrativa Galega, tais como: Gonzalo Mourullo, Carlos Casares e Xosé Luís Méndez Ferrín. Nota-se, nesse período, um certo abandono do experimentalismo gratuito, logo a literatura galega atinge, de certa forma, um grau mais maduro e sólido, como nos demonstram as obras Adiós Maria, de Xohana Torres e Retorno a tagen Ata, de Xosé Luís Méndez Ferrín.

Além disso, o Prêmio Modesto R. Figueiredo atuaria como uma espécie de ponte para a promoção de novos autores e valores literários, concedendo aos destaques publicações sistemáticas nas Edicións do Castro, uma importante fonte de escritores e obras dessa nova escrita em galego.

En todo caso, o patrimonio narrativo que o Premio Modesto R. Figueiredo legou á literatura galega resulta arestora imprescindible á hora de intentar unha valoración crítica da historia máis recente do xénero narrativo, e isto vese confirmado polo feito de que moitos dos seus gañadores figuren hoxe entre os nosos máis sobrenceiros narradores (VILAVEDRA, 1999, p.36).

Quando falamos dos grandes relatistas desse século, é impossível não citar a singular figura de Xosé Luís Méndez Ferrín, autor engajado com a causa galega, que auxiliou de forma decisiva na reconstrução da literatura, cultura e língua. Trata-se de um escritor que desde sua estreia em 1958 com Percival e outras sombras não deixou de nos encantar com sua maestria com as palavras, sobretudo através do desenvolvimento do gênero relato, no qual, sem dúvida, encontram-se suas grandes peripécias narrativas. Ferrín colocou a literatura galega numa dimensão universal, retirando-a, de certa forma, de seu local periférico e marginalizado. Em sua obra Retorno a tagen Ata, ele recria, por meio de ficção o retorno dos galegos ao seu país nos anos que antecedem o fim do regime franquista.

Atualmente, a literatura galega desenvolve-se a passos largos, com uma inúmera quantidade de obras em galego e com o aumento do número de gêneros, como o crescimento da Literatura infanto-juvenil e literaturas de cunho fantástico e maravilhoso, por exemplo. O ato de escrever em galego continua, em certa medida, sendo um movimento político e de resistência, já que o castelhano permanece em seu lugar de prestígio e como única variante válida para qualquer tipo de produção: “En última instancia, a narrativa actual, incapaz xa de actuar como mecanismo xerador dunha visión do mundo estable e coherente, opta por reflectir a dispersión, a carencia de respostas e a desorientación que asexan ó home do noso tempo...” (VILAVEDRA, 1999, p. 41).

Conclusão:

Vimos através dessas indagações que a literatura galega do século XX tem muito a nos oferecer no que tange à compreensão do sujeito e da identidade galega. Para tanto, traçamos um percurso de alguns conceitos de identidade, passando por Descartes, Marx e Freud, mostrando a passagem do “sujeito cartesiano” ao “sujeito pós-moderno”, caracterizado por sua fragmentação e deslocamento. A literatura galega, por sua vez, retrata esse “ser galego” deslocado a partir de uma literatura, em grande parte, fragmentada e periférica que lutou contra os fantasmas do franquismo e conseguiu, após muitas lutas, criação de Prêmios literários e incentivos à produção, criar um ambiente propício e saudável para a criação de inúmeras obras escritas em galego.

REFERÊNCIAS

VILAVEDRA, Dolores. Relato galego: unha ollada dende os nosos días. Sotelo Blanco Edicións: Santiago de Compostela, 1995.
Historia da Literatura Galega. Editorial Galaxia: Vigo, 1999.
VARELA, Anxo Tarrío. Literatura Galega: Aportacións a unha historia crítica. Edicións Xerais de Galicia: Vigo, 1994.
GONZÁLEZ-MILLÁN, X. A Narrativa galega actual (1975-1984). Unha historia social. Edicións Xerais de Galicia: Vigo, 1996.
FORCADELA, Manuel. Manual e escolma da Nova Narrativa Galega. Sotelo Blanco Edicións: Santiago de Compostela, 1993.
BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Jorge Zahar: Rio de Janeiro, 2005.
HALL, Stuart. Identidade cultural na pós modernidade. DP&A Editora: Rio de Janeiro, 2006.

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