Um grande rio humano tomou a cidade olivica, dando resposta à convocatória do feminismo galego prévia à histórica greve da próxima quinta-feira 8 de março.
Às 12 da manhá na Via Norte, junto à esquina com Urzaiz, o movimento feminista unitário galego compareceu para tomar o centro da cidade, acompanhado polo som dos tambores da "Batukada Feminista" – "Tamborililás" numha enorme desmonstraçom de força.
A marcha unitária descentralizou-se pola primeira vez fora de Compostela, numha mostra da matureza do movimento feminista galego e com o propósito de que esta convocatória nacional na conjuntura do 8 de março tenha um carácter rotatório polas distintas cidades da Galiza, com a intençom de fortalecer redes entre mulheres do País e mostrar a força do movimento feminista noutros lugares.
Esta jornada de visibilizaçom do feminismo galego mostrou a diversidade do movimento, a alegria e a raiva do feminismo galego, com mulheres de idades diferentes partilhando as ruas juntas. Frente ao desprezo do Partido Popular e de partidos como Ciudadanos, que nas últimas semanas fôrom dos ataques direitos ao desmarque das convocatórias nom afetou a multitudinária manifestaçom.
O manifesto, lido à conclusom da manifestaçom na praça do Berbés, instou à luita contra a fenda salarial, contra a violência machista e a exploraçom sexual, o "teito de cristal" e a divisom do trabalho por sexos. E chamou as mulheres presentes a um 8M de greve geral feminista.
“Numha jornada de greve para parar todo, para mudar todo, para que as nossas vidas se coloquem no centro da agenda”, comentou-se na leitura do manifesto do Berbés, “porque só assim conseguiremos construir um mundo, umha Galiza e umhas vidas justas, igualitárias e livres”.
Na praça do Berbés decorreu, após a manifestaçom, um jantar, um recital poético a cargo de Lupita Hard, Nuria Vil, Elvira Ribeiro, Silvia Penas e Marta da Costa, com o acompanhamento de DJ Señora, e as atuaçons musicais de Su Garrido, As Punkiereteiras e As Ghatas Salvaxes.
A leitura global da mobilizaçom assinala quatro dias da Greve Geral Feminista, com o movimento feminista querendo mostrar que "se as mulheres pararem, o sistema para".