Pola primeira vez, em Ferrol comemorou-se o Dia da Galiza Mártir, 17 de agosto. Foi iniciativa da Fundaçom Artábria, que nom quijo deixar passar o octogésimo aniversário do assassinato de Jaime Quintanilha sem reivindicar a sua figura de galeguista e antifascista.
Nom porque ele expressasse posiçons soberanistas antes de existir o chamado nacionalismo contemporáneo; nom porque fosse dirigente da esquerda operária ferrolana; nom porque fosse arquiteto do nacionalismo cultural galego em Ferrol antes de 1936.
Ou melhor dito... por todo isso e por mais. Ele representa as centenas de vizinhos e vizinhas de Ferrol e da comarca de Trasancos que caírom executados pola canalha fascista a seguir ao golpe dirigido polo assassino Franco.
Passadas as 20:30 horas deste 17 de agosto, um grupo de trasanqueses e trasanquesas ajuntamo-nos no Baluarte de Canido, perto do muro onde numerosas pessoas fôrom fusiladas polos franquistas 80 anos atrás.
Ali soou, interpretado pola gaita de foles galega, o hino operário de origem polaca "A Varsoviana", adotada polo antifascismo no Estado espanhol na década de 30. A seguir, tomárom a palavra os companheiros, Alexandre Carrodéguas, Henrique Sanfiz, John Thompsom e Vítor Santalha. Todos eles lembrárom o legado e a obrigaçom que hoje temos de reivindicar a memória da geraçom ceifada polas armas do fascismo espanhol, denunciando o papel do regime espanhol atual na impunidade da ditadura franquista.
O neto do homenageado, o músico Jamie Fifthring , reivindicou a memória do bisavô e lembrou a sua negativa a reconhecer qualquer existência cultural a Espanha, que historicamente usurpou o património musical das naçons da Península para tentar criar a sua inexistente identidade.
A seguir, interpretou com a sua guitarra a cançom Buracos do grupo Ruxe Ruxe. Finalmente, o Hino Nacional da nossa pátria encerrou o ato, para um encontro posterior de confraterindade no nosso Centro Social.