BRIGA, como organizaçon juvenil, tem muito clara a importáncia estratégica da defesa do idioma para a construçom dumha Galiza soberana e dona de si mesma.
O dia das Letras Galegas nom é pois, um mero efeméride no almanaque de feriados, é um dia onde se torna imprescindível a reivindicaçom consciente do direito a viver as 24h do dia e em todos os ámbitos na nossa própria língua.
E a juventude tem um papel fundamental na defesa e conquista deste direito, na construçom de espaços monolíngües em galego, na dignificaçom da língua no ensino, nos meios de comunicaçom, nos serviços públicos.. E na divulgaçom das suas enormes potencialiades como língua internacional que partilhamos com o Brasil, Portugal, Angola ou Moçambique.
Por todo isto, amanhá estaremos às 12h na manifestaçom nacional que percorrerá as ruas de Compostela e faremo-lo com o reintegracionismo de base do nosso país.
A seguir, disponibilizamos o comunicado que assinamos diversas entidades, organizaçons e centros sociais reintegracionistas:
Como cada ano, saímos às ruas para afirmar que nom nos vam deixar sem língua.
Desta vez, fazemo-lo brandindo a imagem, a obra e a memória de Manuel Maria, poeta da Pátria em galego.
Como quase sempre, um autor nom só de prática normalizadora, como também defensor da conveniência de a orientarmos para o ámbito em que mehor afondar nas raízes e melhor garantir um novo florescer: o da comunidade lingüística que, a partir da Galiza, ecoa em centenas de milhons de gorjas e fortalece a nossa fronteira de segurança frente à imposiçom do espanhol.
A identidade lingüística galego-luso-brasileira é o melhor recurso para que a Galiza se emancipe da submissom mental que nos impede um pleno desenvolvimento como povo. Sabia-o bem Manuel Maria, como antes o soubérom Murguia, Vilar Ponte, Castelao, Carvalho Calero... e hoje o sabem Teresa Moure, Séchu Sende e tantas escritoras e escritores. O reintegracionismo prático é umha ferramenta insubstituível para a plena normalizaçom.
Porém, nem chega com termos, como temos, a razom, nem com a adesom da inteletualidade mais comprometida com a língua e o País. É preciso estender o movimento pola recuperaçom plena do direito à língua no tecido associativo, mediático, sindical, educativo, popular...
As entidades e pessoas que juntas nos manifestaremos neste 17 de Maio fazemo-lo para afirmar essa necessidade, erguendo a Escola em galego, construindo centros sociais, meios de comunicaçom, coletivos e espaços de ócio em galego: exercendo a plena galeguidade lingüística em cada ato da nossa vida social.
Agindo como comunidade nacional viva e ativa: Essa será a melhor, a única, garantia de futuro para a nossa língua.
Avante, pois!
Compostela, Galiza, 17 de Maio de 2016