e a produção capitalista gera um mercado suficiente para si, a acumulação capitalista (considerada objetivamente) é um processo ilimitado. Se a produção pode sobreviver, continuar a crescer sem obstáculos, isto é, se pode desenvolver as forças produtivas ilimitadamente,(...) desmorona um dos mais fortes pilares do socialismo de Marx.(...) Mas (...) o sistema capitalista é economicamente insustentável. (...) Se, no entanto, aceitarmos com os "especialistas " o caráter econômico ilimitado da acumulação capitalista, o socialismo perde o piso granítico da necessidade histórica objetiva. Ficamos perdidos nas nebulosidades dos sistemas pré-marxistas que queriam deduzir o socialismo somente da injustiça e maldade do mundo
e da decisão revolucionária das classes trabalhadoras. [1]
Rosa Luxemburgo
[Alexandre Pimenta] Isabelle Stengers, em seu No tempo das catástrofes, recupera uma noção essencial de Rosa Luxemburgo para pensarmos o hoje: a barbárie. Tal noção não se refere apenas à odiosa tendência à guerra perpétua do capitalismo em sua fase imperialista, que, por si só, tem como horizonte a desolação de uma nova Roma a ruir. Isso não a diferenciaria de um humanista qualquer. A barbárie, para Rosa, diz respeito diretamente à incapacidade das classes revolucionárias de imporem fim ao caos imanente à ordem do capital, prolongando-a assim ao infinito. “Milhões de proletários de todas as línguas caem no campo da vergonha, assassinam seus irmãos, rasgam a própria carne com um canto de escravos nos lábios”. Eis a imagem da verdadeira barbárie.
Ao ler ontem um artigo sobre a revolução de fevereiro, de cem atrás, me surgiu o tema do lugar do espontâneo nas revoluções contemporâneas.
Rosa de Luxemburgo
Judia da Polônia
Vanguarda dos operários alemães
Morta por ordem
Dos Opressores.
Oprimidos,
Enterrai vossas desavenças! ”
(Bertolt Brecht)
[Isabel Loureiro] 15 de janeiro, completam-se 98 anos do assassinado de Rosa Luxemburgo, uma das maiores referências da esquerda mundial. Relembre matéria da Fórum impressa, de maio de 2012, sobre a comunista
Artigo publicado originalmente na revista semestral da Boitempo, a Margem Esquerda, com o título, "A centelha se acende na ação: a filosofia da práxis no pensamento de Rosa Luxemburgo".
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