Durante o diálogo, o mandatário assinalou que depois da libertação de Alepo do controle do Estado Islâmico, não pode se falar do fim da guerra 'por uma razão pura e simples: os terroristas têm o apoio de numerosos países ocidentais, incluindo a França, Reino Unido, bem como Turquia, Arábia Saudita e Qatar em nossa região'.
Na entrevista à Europa 1 e TF1, Assad destacou por outro lado a importância do apoio da Rússia no combate contra os grupos extremistas e o respeito de Moscou à soberania síria.
'Jamais fizeram nada sem nos consultar', afirmou, e acrescentou que 'os russos respeitam nossa soberania, em cada etapa que superaram, seja de ordem estratégica ou tática, tem sido em cooperação com a Síria'.
O presidente da nação árabe considerou vergonhoso um relatório da organização Anistia Internacional segundo o qual se levaram a cabo milhares de execuções em uma prisão da Síria.
Nesse sentido, enfatizou que tais acusações se baseiam em alegações, e não em fatos nem provas, e defendeu a legalidade no funcionamento nas prisões de seu país.
Assad também rechaçou as acusações de tortura e negou que esse procedimento seja utilizado.
'Por que torturar? Quero dizer, cometer atos de tortura, para quê? Com que objetivo? O que ganhamos?', perguntou.
O presidente assegurou que 'não recorremos à tortura. Isso não faz parte de nossa política, por uma simples razão: se cometêssemos tais atrocidades, seria jogar o jogo aos terroristas, eles seriam os vencedores. E do que se trata é de ganhar o coração do povo sírio'.
'Se tivéssemos cometido essas atrocidades, em qualquer etapa do conflito, não teríamos o apoio popular que temos depois de seis anos de guerra', afirmou.
Assad ratificou que o objetivo de seu governo é continuar lutando para liberar cada canto da Síria do terrorismo.
'A verdade é que estamos combatendo pela população síria. É a razão pela qual o povo tem apoiado seu governo, seu exército e seu presidente', avaliou.