"Enfrentamos uma das piores campanhas sionistas na longa e amarga história de resistência contra a ocupação", denuncia o Partido Comunista da Palestina, que em nota divulgada na segunda-feira (13), sublinha que a recente legislação aprovada no parlamento israelense, visando legitimar os assentamentos ilegais, tem como único propósito "obstaculizar as negociações [de paz] o tempo suficiente para avançar no confisco e roubo de terras palestinas e expulsar os palestinos das suas casas e localidades", inviabilizando, na prática, a solução política da constituição de dois estados.
Mais do que nunca é necessário "construir a unidade" e "ativar os métodos de resistência face ao ocupante agressor", afirma o PC da Palestina, exortando a que os protestos assumam todas as formas possíveis.
Face à proliferação de assentamentos, à perseguição e assassinatos diários, à tentativa de banalização de uma situação que só beneficia quem acumula riqueza com o sionismo, os comunistas palestinos insistem que "as forças nacionais [palestinas] honradas" devem estar dispostas a "lutar numa batalha feroz" contra a "liquidação da nossa causa".
No texto, o PC da Palestina considera ainda que os palestinos e as suas forças nacionais não devem implorar nem ao inimigo nem à "comunidade internacional".
Reiterando o apelo à unidade dos palestinos em torno de um programa comum na defesa da causa da Palestina, o partido critica as ilusões relativas às boas intenções da UE e dos EUA, os quais, acusa, somente pretendem "manter o controle das riquezas e recursos e a opressão dos povos ao nível mundial".
"Devemos apostar na capacidade do nosso povo, que [já] provou a sua capacidade de luta contra os sionistas e os seus regimes aliados. O custo da resistência e confronto com o inimigo é muito menor do que o custo da capitulação", conclui o PC da Palestina.