À beira de se cumprir o segundo aniversário da agressão contra o Iémen, a Bab al-Yemen, na capital do país, foi palco, esta sexta-feira, de uma grande manifestação para prestar tributo aos «mártires» e denunciar as atrocidades sauditas.
Ao longo da marcha, os manifestantes fizeram ouvir palavras de ordem contra a Casa de Saud e os seus aliados, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, pelo apoio militar que prestam à monarquia saudita, informa a HispanTV.
Num comunicado lido na ocasião pelo presidente da Fundação dos Mártires, Hussein al-Qadi, vincou-se a importância da unidade do povo iemenita, bem como o seu compromisso com a resistência face à agressão de Riade, que, tal como os seus aliados, deverá pagar pelos crimes cometidos no Iémen.
O documento deixou também um apelo às organizações internacionais para que se mantenham ao lado do «povo oprimido do Iémen», refere a PressTV.
A manifestação teve lugar dois dias depois de a aviação saudita ter atacado um funeral na região de Arhab (perto de Saná), provocando a morte a oito mulheres e uma criança. Em Outubro do ano passado, aviões sauditas também atacaram um funeral, em Saná, tirando a vida a pelo menos 140 pessoas e deixando feridas perto de 600.
A agressão saudita contra o Iémen, que já matou mais de 10 mil pessoas, foi lançada em Março de 2015, alegadamente para voltar a colocar no poder Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado de Riade que se demitiu da presidência do país.
A guerra de agressão tem conduzido à destruição de muitas das infraestruturas – casas, escolas, hospitais, fábricas, explorações agrícolas – daquele que é considerado o país mais pobre do mundo árabe. Também como consequência da guerra, há no Iémen milhões de pessoas afectadas por subnutrição e má-nutrição severa. Dados da ONU indicam que 3 300 000 pessoas sofrem de má-nutrição grave, sendo que mais de 2 milhões são crianças.