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Diário Liberdade
Sexta, 07 Abril 2017 19:35 Última modificação em Domingo, 09 Abril 2017 13:15

Uma análise rápida do ataque à base área da Síria

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País: Síria / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: Orientemídia

[Dr. Assad Frangieh] Antes mesmo do Presidente Trump ter assumido a administração norte americana, as pressões sobre sua aproximação com a Rússia e uma contrariedade de estratégias com o Ministério da Defesa ficaram evidentes.

Os aliados americanos como a Turquia, Arábia Saudita, Qatar, França, Alemanha e Inglaterra (mais súditos do que aliados) se manifestaram como órfãos e impotentes perante os acontecimentos na Síria e a consolidação de alianças da Rússia, do Irã, da China em assuntos do Oriente Médio.

Algumas observações se tornam importante nesta análise:

1. Os preparativos vieram antes do ataque da base de armas químicas dos militantes da Al-Nusra e ficou nítido o trabalho da orquestra ocidental e da mídia com discursos pré moldados e enganosos para incriminar o Governo da Síria antes mesmo de qualquer investigação.

2. O aviso aos russos e aos sírios que deu tempo para a evacuação dos aviões e minimizar a perda de soldados, demonstra que os norte-americanos não estão seguros de um confronto maior com a Rússia e sabem que não há como atingir o Exército Sírio sem os envolver. Morreram 6 soldados e 9 vítimas civis entre as quais crianças.

3. A defesa russa relata uma eficiência de 60% dos misseis americanos e cita 23 lançamentos e não os 59 informados pelo Pentágono. Seu Ministério de Defesa declarou que as perdas reais foram insignificantes.

4. Segundo os russos e o Governo Sírio, o único resultado do ataque foi elevar o moral dos combatentes que lutam em Palmyra e que exerceram um ataque simultâneo e sem sucesso. Em resposta imediata, a Rússia informou que ampliará seu sistema de defesa contra aviação militar e agora contra mísseis.

De qualquer forma, a reunião do Secretário de Estado Rex Tillerson com os dirigentes russos entre os quais o Presidente Russo marcada para os próximos dias, foi para o espaço. Pelo menos até um novo reposicionamento. Em terra, não houve nenhum desequilíbrio de forças. Os avanços do Exército Sírio devem continuar em direção ao leste sendo que a vitória em Mossul irá canalizar mais forças na luta contra o DAESCH dentro da Síria: na logística e nos recursos humanos.

A Alemanha e a França cutucaram a onça na Ukrânia e acabou com retorno da Crimeia para a Rússia. A Turquia cutucou a onça derrubando um avião e o Erdogan se recolheu e pediu desculpas. Mais recente, Israel cutucou a onça e percebeu que os mísseis da Síria estão liberados e alertados.

Agora os Estados Unidos – parece mais o Pentágono do que a Administração – cutucaram a onça e a resposta russa veio antes mesmo do Governo Sírio. A Guerra na Síria está caminhando a uma solução favorável ao “Eixo de Resistência”. Esse ataque parece apenas uma tentativa de retardar a coroação daquilo que muitos já admitem: a onça é russa. Ficamos de olho. Afinal isso é o Oriente Médio.

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