A Organizaçom das Naçons Unidas (ONU) informou nesta sexta-feira de que a coligaçom árabe liderada pola Arábia Saudita assassinou a 510 crianças e ferido a 667 em Iêmen, pelo que foi incluída na lista negra de países que praticam o terrorismo.
O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, incriminou a Arabia Saudita e a seus aliados do 60 por cento das mortes de crianças durante o último ano em Iêmen.
O grupo xiita dos houthis também foi incluído na lista negra da ONU. "Devido ao grande número de violaçons atribuídas a ambas partes, tanto os houthis como a coligaçom liderada pola Arabia Saudita, fôrom acrescentados à lista negra polo assassinato e mutilaçom de crianças, além de por atacar colégios e hospitais", explicou Ki-moon.
Por sua vez, a Unicef revelou que "em média, ao menos seis crianças fôrom mortas ou feridas cada dia. Estes números som quase sete vezes maiores que o conjunto de 2014. Com mais de 50 ataques verificados nas escolas, as crianças também fôrom assassinadas na escola ou no seu caminho para ou desde a escola".
O delegado da ONU para o Iémen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, pediu às delegaçons das forças beligerantes no Iêmen que negociam no Kuwait, que garantissem um acordo pacífico ao atual conflito no país.
O conflito no Iémen iniciou em março de 2015 depois da intervençom militar da Arábia Saudita nesse país, com a desculpa de defender o deposto presidente Mansour Hadi e combater o avanço do grupo xiita dos houthis que tentavam apoderar-se de vastas regions do país.
A agressom por parte de Riad contra o Iêmen é apoiada polos EUA, país que tenta manter o controlo de áreas estratégicas, como o Golfo de Áden, principal passagem desde Europa para a Ásia e o Oceano Pacífico.