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Diário Liberdade
Sábado, 23 Setembro 2017 11:44 Última modificação em Quarta, 27 Setembro 2017 17:00

Forças norte-americanas «orquestraram ataque da al-Nusra» em Idlib

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País: Síria / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: Abril Abril

Um submarino russo lançou hoje vários mísseis Kalibr contra forças terroristas que na terça-feira atacaram mais de três dezenas de polícias militares russos, numa zona de segurança na Síria. O Ministério russo da Defesa acusa os serviços de segurança dos EUA de «instigarem» o ataque.

O submarino Veliky Novgorod lançou esta sexta-feira, a partir do Mediterrâneo, vários mísseis Kalibr contra postos de comando, campos de treino, viaturas e depósitos de munições da Jabhat al-Nusra, na província de Idlib, informam a agência Sana e a RT.

Em comunicado, o Ministério russo da Defesa afirma que «todos os alvos foram atingidos» e que a acção de hoje se dirigiu às forças terroristas da al-Nusra que, esta semana, participaram num ataque contra elementos da polícia militar russa.

De acordo com o Ministério, na terça-feira de manhã um grupo numeroso de terroristas da al-Nusra – um de vários grupos que dominam a província de Idlib – cercaram e atacaram mais de 30 elementos da polícia militar russa a norte de Hama. Têm por missão verificar o cessar-fogo numa das quatro «zonas de segurança» criadas no âmbito das negociações de Astana (Cazaquistão), com o aval da Rússia, do Irão e da Turquia, e o apoio tácito dos Estados Unidos.

O objectivo dos terroristas era, de acordo com o Ministério, capturar os polícias, que foram defendidos por milícias locais fiéis ao governo de Damasco, antes de serem libertados por grupos de operações especiais sírios e russos, com o apoio de caças Su-25.

De acordo com a Sana e a RT, na operação de libertação 850 terroristas foram mortos, tendo sido ainda destruídas dezenas de viaturas blindadas, incluindo 11 tanques.

Acusação aos serviços de segurança norte-americanos

Em comunicado emitido na quarta-feira, o Ministério russo da Defesa afirmou que, de acordo com os dados que lhe foram facultados pelos seus serviços de inteligência, a «ofensiva lançada no dia anterior pela al-Nusra foi orquestrada pelos serviços de segurança norte-americanos, com o objectivo de fazer descarrilar a operação do Exército Árabe Sírio em Deir ez-Zor», impedindo o seu avanço para leste da cidade, indica a RT.

O Pentágono negou as acusações; no entanto, as suspeitas de que os EUA mantêm ligações com grupos extremistas na Síria não são recentes, e têm sido veiculadas por elementos do Kremlin. A 11 de Setembro último, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, afirmou que a situação em torno do grupo terrorista al-Nusra era «bastante ambígua», na medida em que era repetidamente poupado nas operações levadas a cabo pela coligação liderada pelos EUA.

Barragens abertas no Eufrates

Também esta semana, o Ministério russo da Defesa, pela voz do major-general Igor Konashenkov, pediu à chamada coligação internacional que «não dificulte as operações do Exército Árabe Sírio (EAS) contra os terroristas», refere a agência Sana.

O militar russo disse que, «à medida que o fim do Daesh na Síria se torna mais próximo, fica cada vez mais claro quem está realmente a combatê-lo e quem anda há três anos a imitar esse combate». Assim, «se a coligação internacional liderada pelos EUA não quer lutar contra o terrorismo na Síria, deve sair da frente daqueles que o estão a fazer de forma continuada e eficaz», frisou.

Estas declarações foram realizadas terça-feira, na sequência das descargas efectuadas em várias barragens no rio Eufrates, por parte de grupos armados apoiados pelos norte-americanos, com o objectivo de dificultar a passagem das unidades do EAS para a zona oriental da província de Deir ez-Zor.

O militar russo afirmou que, «mal as tropas sírias começaram a tentar atravessar o rio, o nível das águas subiu em poucas horas e a velocidade da corrente duplicou». E «sem que tenha chovido», sublinhou.

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