Em comunicado, divulgado pela agência Sana, as autoridades sírias condenaram este sábado, de forma veemente, a entrada de unidades do Exército turco na província de Idlib, no Noroeste do país, classificando a «incursão» turca como uma «violação flagrante da soberania e da integridade territorial» do país, bem como «uma violação flagrante do Direito internacional».
Neste sentido, a República Árabe da Síria exige «a retirada imediata e incondicional das tropas turcas» do seu território.
No documento, as autoridades sírias acusam as tropas turcas de entrarem no na província de Idlib «acompanhadas pelos terroristas da Jabhat al-Nusra», facto a que, em seu entender, devia ser dada mais atenção por parte comunidade internacional.
Acrescenta que «a agressão turca» nada tem a ver com o que foi acordado pelos estados-garantes na última ronda de conversações em Astana (Cazaquistão), antes se afastando do seu conteúdo.
Na quinta-feira, cerca de 30 viaturas militares entraram na província síria de Idlib a partir da província turca de Hatay. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, justificou a acção com o facto de a Turquia ter de verificar uma das quatro zonas de segurança criadas no âmbito dos acordos de Astana.
No entanto, deixou claro que, na Síria, «implementava o seu próprio plano, passo a passo», e que «não estava constrangido por resistência ou defesa», indica a RT.
Exército sírio liberta Al-Mayadin
Fontes militares revelaram hoje que, no outro extremo do país, na província de Deir ez-Zor, o Exército Árabe Sírio (EAS), apoiado por forças aliadas no terreno e pela Força Aérea Russa, conseguiu controlar por completo a cidade de Al-Mayadin, que se encontra em poder do Daesh.
A perda de Al-Mayadin, localizada cerca de 44 km a sudeste da cidade de Deir ez-Zor, é o revés mais recente que os terroristas do Daesh [o chamado Estado Islâmico] enfrentam na Síria, pese embora terem recebido inúmeros reforços do Iraque desde que, há cerca de uma semana, o EAS lançou uma ofensiva sobre a cidade para dali expulsar os terroristas.
Diversas fontes referem que a divisão de elite do EAS conhecida como Forças Tigre cercou a cidade e infligiu pesadas baixas às forças do Daesh. No entanto, muitos conseguiram fugir antes de o cerco se fechar. De acordo com a Al-Masdar News e a TeleSur, o seu destino terá sido Al-Bukamal, junto ao Eufrates e já perto da fronteira com o Iraque.