Dizia que era o míssil lançado a partir do Iémen contra o aeroporto de Riad no passado dia 4 de novembro. A apresentaçom desta “prova” na sede da ONU tinha dous motivos:
- Insinuar aos iranianos umha ameaça militar, lançando o seu discurso desde a base militar Anacostia-Bolling em Washington.
- Que o Painel de Especialistas no Iémen do Conselho de Segurança da ONU já tinham recusado estas acusaçons, afirmando que aquele míssil nom continha nengumha prova, e nom estava nada claro que fosse de fabrico iraniana.
Mas, se os EUA querem demonizar um Estado para justificarem a guerra que preparam, som capazes de inventar dados e mentir até aos seus próprios cidadaos, enviando-os a matar e morrer polos interesses das empresas dirigentes. A 5 de maio do 2003, o Secretário de Defesa de EUA, Colin Powell, chegou a mostrar no Conselho de Segurança da ONU um cano com giz branco e dixo que era umha amostra dos 25.000 litros de ántrax que possuía o Iraque.
Depois, com um tom sensacionalista, a representante do mesmo país que matou centenas de milhares de civis nos ultimos anos com as suas bombas e mísseis, e agora fai de porta-voz dos interesses saudita-israilitas, dixo que nom iam permitir que “mísseis como este sejam disparados contra civis inocentes”. Só autorizam os mísseis “made in USA” da Arábia e Emirados Árabes Unidos para que o fagam!
A procedência das armas dos hutis
É impossível ao Irám fornecer armas à milícia hutí, pola localizaçom geográfica do Iémen, país cujas duas fronteiras terrestres, umha com a Arábia e outra com o Omám, estám bloqueadas por Riad. Além disso, nom só as cidades Iemenitas próximas de Omám estám controladas por Al Qaeda, como os hutis estám no oeste do país, cerca do Mar Vermelho, onde EUA tem umha base militar e os portos estám vigiados pola coligaçom agressora.
Em 2013, os EUA acusárom o Irám de ser proprietário do barco intercetado, chamado Yahan 1 («Mundo» em persa) que transportava sistema lança-mísseis Katiusha, embora os especialistas da ONU nom pudessem “confirmar de maneira independente a acusaçom”. É possível que as armas iam destinadas aos palestinianos e nom aos hutis.
As armas desta milícia porceden do equipamento militar do exército Iémení entregue por EUA em 2006 como vehiculos Humvees, granadas, rádios avançadas, óculos de visom noturna, granadas, etc., e cujo valor (chegava a 500 milhons de dolares; do imenso mercado negro de Iémen, com armas “soviéticas” do Iémen Socialista do Sul, incluídas, e dos comandantes militares Iémeníes corruptos.
A história de que os houtíes som a quinta coluna do Irám foi inventada pelo porpio gobienro Iémeni com o fim de receber maior financiacion pela supuetsa luta contra o terrorismo.
“Patrocinar o terrorismo” é o pretexto que o regime de Trump está a utilizar contra Teerão, junto do do “nom cumprimento do acordo nuclear”, para isolar a Irám, e isso apesar de que os principais beneficiários do acordo som Israel e Arabia, já que se trata do acordo de monitoreo nuclear mais intrusivo da história. Invalidá-lo significa perder o controlo sobre Irám, empurrar-lhe a dotar-se de armas de destruiçom em massa, provocar um palco que como pouco será apocalíptico. Se isso acontece, o principal responsável será EUA Já que A Agência Internacional de Energia Atómica tem confirma que Irám está a cumprir a sua parte.
Porque acusam o Irám?
As declaraçons agressivas dos EUA contra o Irám intensificam-se para:
- Mostrar a necessidade de aumentar a pressom militar sobre Teerám, preparando a opiniom pública para umha nova guerra.
- Justificar o embargo de armas aos hutis, enquanto a coligaçom dirigida polos EUA e a Arábia continuam a bombardear a populaçom indefesa iemenita.
- Apresentar a agressom ao Iémen como umha guerra de poder entre o Irám e a Arábia-EUA, quando a coligaçom persegue umha série de objetivos energéticos e geopolíticos.
- Ocultar a catastrófica situaçom dos Iemenitas, criticada até por burocratas como o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Incrementar o embargo ao povo iemenita, que já provocou a maior crise humanitária do mundo.
- Desviar a atençom das razons dos EUA para reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
Iraque: para refrescar a memória
Os EUA liderárom o ataque de dezenas de países para destruir o Iraque e assi:
- Desmantelar um Estado árabe poderoso .
- Tomar conta do seu território pola sua estratégica localizaçom, situado no corazon de Oriente Próximo.
- Militarizar a regiom, para ir depois contra o Irám, Líbia e Síria (há mais países da regiom na sua lista)
- Controlar no longo prazo o seu mar de Ouro Negro.
- Sair dos seus problemas financeiros com umha economia de guerra.
- Favorecer o papel de Israel na zona, destruindo um país rival. Depois fará o mesmo com a Líbia e a Síria.
- Bloquear os projetos petrolíferos das companhias francesas, chinesas e russas.
Para todo isso, conspirárom contra a naçom iraquiana, acusando o seu presidente de:
- Colaborar com Al Qaeda, mas: Como um regime laico poderia aliar com um grupo terrorista de fanáticos que além do mais, tinha sido criado pola CIA?
- Participar nos atentados do 11 de setembro. Mas os documentos desclassificados da CIA de 2001 afirmam que as Torres Gémeas fôrom atacadas pola Arábia Saudita, os seus amiguinhos e aliás inimigos de Saddam Husein.
- Tratar de importar uránio do Níger para relançar o seu programa de armas nucleares. Depois da ocupaçom do país, a CIA admitiu que esta informaçom era falsa.
- Conservar grandes arsenais químicos e biológicos, e que, segundo Tony Blair, eram suficientes como para matar toda a humanidade. Mas entom, porque nom os utilizou na guerra de 1991?
- Poder realizar um ataque com armas de destruiçom em massa em só 45 minutos, jurava Blair, quem nom esclareceu por que Saddam nom as disparou aos 45 minutos de ter sido agredido?
Afirmaçom que lembra à advertência de Netanyahu que, perante a ONU e com um desenho nas maos, mostrava a “bomba nuclear iraniana” a ponto de estourar e destruir o planeta, sabendo que na ONU ninguém iria atrever-se a perguntar sobre o seu arsenal (e nom projeto) de bombas nucleares ilegais.
- Possuir 25.000 litros de ántrax, gás mostarda, e o gás nervoso VX. Além disso, falsificárom as declaraçons de Hans Blix, quem pujo em evidência: “Se eu contasse com qualquer evidência sólida de que o Iraque conservava armas de destruiçom em massa ou as estava a fabricar, tinha-as levado imediatamente ao Conselho de Segurança”. Polo que todo mundo sabia que tais armas nom existiam.
- Obstruir o labor dos inspetores da ONU. O mesmo doutor Blix dixo em fevereiro de 2003 que a ONU tinha realizado mais de 400 inspeçons, que se cobriram mais de 300 sítios e nunca tiveram nenhum problema.
- Enviar envelopes contaminados com ántrax para matar norte-americanos. Quando Colin Powell fijo esta declaraçom na ONU sentou por trás dele o Diretor de Inteligência Central George Tenet, para mostrar a veracidade da sua “informaçom”, desmentida por The New York Times, que afirmava que “o FBI sabe há três meses que o autor dos ataques de ántrax é um norte-americano. Se o senhor Z (assim chama ao autor das cartas enviadas) fosse árabe, já estaria no cárcere, mas é um norte-americano de gema, muito próximo do Departamento de Defesa, da CIA e do programa de biodefesa, que nom foi preso porque poderia revelar segredos de Estado. Referia-se a Bruce Ivins, quem “se suicidou” no cárcere em 2008.
- Possuir duas das três componentes necessárias para construir a bomba nuclear. Anos depois da invasom, os próprios EUA confessou que o programa nuclear iraquiano tinha sido cancelado anos atrás.
Porém, o resultado foi centenas de milhares de iraquies assassinados, milhons mutilados, deslocados, refugiados, e um país convertido em entulho.
Se o Irám deve levar muito a sério as ameaças de Washington, o mundo nom deve perder a memória, mais umha vez.