Esta operação verifica-se após o esforço dos EUA para apoiar militar e politicamente os curdos, a fim de utilizá-los como uma "força de impacto" nos seus planos, juntamente com as chamadas "Forças Democráticas Sírias", contra o governo Assad e seus aliados, tais como a Rússia e o Irão.
A classe capitalista da Turquia, ao falar acerca de "questões de segurança" e "ameaças à sua soberania nacional" procedeu a uma intervenção militar aberta tendo como objectivo reforçar com meios militares seu discurso político (e o dos seus aliados, tais como o Qatar) nos debate acerca do futuro da Síria, combatendo contra a população civil curda, até mesmo crianças.
Mais uma vez demonstra-se que a derrota do chamado "Estado Islâmico", apoiado, treinado e armado pelos EUA (ou pelos seus aliados na região), não só não levou ao fim da guerra na Síria como acrescentou nova intensidade, novos aspectos, uma vez que todas as causas que levaram às confrontações continuam a existir e são nada mais que os antagonismos de monopólios poderosos e potências imperialistas em busca do controle de recursos energéticos, rotas de transporte de energia e mercadorias, para alterarem fatias de mercado.
As várias iniciativas "de paz" que começaram, como tem sido demonstrado, procuram um acordo político para a confrontação, sem de facto resolvê-lo. Elas promovem soluções que são antiquadas mesmo para o sistema burguês, como por exemplo a representação religiosa no sistema vindouro de uma chamada Síria "federal", que na realidade será uma Síria dividida em "zonas", na lógica do "divide e conquista".
O KKE exprime sua solidariedade com o povo da Síria, que está a enfrentar intervenções imperialistas na sua pátria, e apela ao povo sírio a que fortaleça sua luta contra os planos imperialistas e as causas que levam ao banho de sangue.