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Diário Liberdade
Quarta, 28 Março 2018 06:08 Última modificação em Segunda, 02 Abril 2018 04:00

"Sírialeaks" revela o plano de 6 pontos dos EUA para romper a Síria

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País: Síria / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: Blog de Nazanin Armanian

[Nazanin Armanian, traduçom do Diário Liberdade] Washington, 11 de janeiro de 2018, expediente “Passos para dividir a Síria”.

 Estám presentes na primeira reuniom do “Pequeno Grupo sobre Síria”, o norte-americano David Satterfield (ex-assessor principal de Condoleezza Rice durante a guerra contra o Iraque), o británico Hugh Cleary, o francês Jerome Bonnafont, o jordaniano Nawaf Tell e o saudita Jamal al-Aqeel, todos altos cargos da área de Oriente Próximo nos governos dos seus países. A notícia revelada polo diário libanês Al Akhbar no seu número de 22 de fevereiro, é baseada num Telegrama Diplomático confidencial (TD), datado a 12 de janeiro de 2018 e enviado por Benjamin Norman, outro participante na reuniom e o responsável pola secçom de Oriente Próximo da embaixada británica em EUA. Os cinco estados voltárom-se a reunir a 23 de janeiro em Paris e centrárom-se em como lidar com o tema das “Armas químicas de Asad” e manipular Staffan de Mistura, o enviado especial da ONU para a Síria, e assi levar adiante o seu plano.

Os seguintes passos para desmantelar a Síria

Decidírom:

 - Evitar umha soluçom política para a Síria, mediante duas fórmulas: Prolongar a guerra, assegurando umha ocupaçom militar dos EUA nas orlas orientais do Eufrates (graças aos seus aliados “jiadistas”), para o qual destinarám 4.000.000 de dólares anuais, assinalou David Satterfield na reuniom, e utilizar a ONU, manipulando o seu enviado para Síria  Staffan de Mistura. Vam enviar-lhe um documento nom oficial intitulado “Reativando o desenvolvimento político da Síria nas conversas de Genebra” com o fim de impedir a retirada de Damasco da conferência, e assi neutralizar as iniciativas de Sochi, patrocinadas pola Rússia, Turquia, e Irám. Por sua vez, um dos motivos da retirada dos militares russos de Afrin foi que Ancara garantisse a assistência dos rebeldes às reunions de Sochi e devolvesse Idlib, a estratégica cidade do este de Eufrates, a Damasco.

- Romper a Síria em linha oriental-ocidental, com o rio Eufrates como umha das fronteiras entre as zonas de influência de Moscovo e Washington. “Nom há espaço para Asad numha Síria unida”, afirmou o Secretário de Defesa dos EUA, Jim Mates, nesta linha: se nom houver umha mudança de regime, dividirám a Síria. De facto, o ataque de 7 de fevereiro dos EUA à companhia militar privada russa Wagner, em Deir Ezzor, a leste da Síria, tinha como objetivo “marcar o território”.

- Persuadir Staffan de Mistura para que aceite umha nova estrutura política na Síria, composta por: 1) as Forças Democráticas Sírias (FDS), criada polo Pentágono que além de curdos integrou a homens turcos e árabes para tranquilizar Ancara, como confessou o General Raymond Thomasel, e que seriam convidadas à conferência de Genebra; 2) o governo de Asad e 3) umha miniautonomia para YPG que inclua as áreas ricas em petróleo em Deir Ezzur no nordeste da Síria. Trata-se do mesmo “plano B” do governo de Obama de dividir o país numha zona curda-sunita, umha árabe sunita e outra árabe-alauita. EUA apoiaria umha representaçom FDS ante a ONU. O Pentágono solicitou um orçamento de 550 milhons de dólares para 2019 destinado a "treinar e equipar atividades" dos seus aliados na Síria.

- Com o fim de atrair a Rússia ao plano, recusarám um governo de transiçom, que é a exigência dos “rebeldes” e prevê-o a Resoluçom 2254 da ONU; permitirám a participaçom de Asad nas eleiçons, mas criarám condiçons e instituiçons necessárias para evitar que as ganhe.

- Despejar o Irám da Síria, do qual se encarregará Mike Pompeo, o  novo falcom do governo de Trump. O sucessor de Tillerson considera a Turquia e o Irám ditaduras islamistas.

- Incitar a Turquia a umha guerra contra a Síria. De facto, com a ocupaçom de Afrin, a NATO  rodeia Alepo, pressionando Asad, Rússia e Irám. Além disso, planeia realizar “umha engenharia demográfica” em Afrin, assentando os refugiados árabes sírios, e assi criar regions “monoétnicas”, como se fijo na Jugoslávia e Iraque. O segundo exército maior da NATO e as suas “proxys” depois de esmagar a resistência das Unidades de Proteçom do Povo (YPG) em Afrin, semeárom-no de terror, massacre e espólio. Milhares de crianças, idosos e jovens feridos, exaustos continuam a fugir dos seus lares. Que a queda deste enclave “coincida” com a recuperaçom de Guta Oriental polo exército sírio, a evacuaçom dos “Jiadistas” e as suas famílias de autocarro e a sua transferência para a zona controlada pola Turquia, sugere umha pergunta: Trocárom-se as cidades à custa dos seus vizinhos, seguindo a decisom do “Grupo da Síria”? Moscovo, que tinha proposto aos curdos entregarem Afrin a Damasco em troca de os defender, sabia que umha Rojava “protegida” e vigiada por 10 bases militares e milhares de efetivos dos EUA nom podia fazê-lo. Com essa troca, a Rússia evitou que o exército exausto sírio entrasse num combate mortal por Idlib e que os habitantes dessas cidades sofressem umha maior crise humanitária. Foi assi que o exército sírio recuperou o aeroporto de Abu Duhur em Idlib. Surpreende que Noam Chomsky pida aos EUA, Rússia e Irám que impedissem a Ancara converter Afrin num novo Kobane. Outra “intervençom humanitária” ao estilo da Jugoslávia ou Líbia?  Nom, obrigado!

Contínua a guerra polo domínio de Eurásia. Esta nom é umha teoria conspirativa. Estes senhores voltárom a conspirar para desmantelar um Estado soberano.

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