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Diário Liberdade
Sexta, 17 Agosto 2018 20:39 Última modificação em Quinta, 30 Agosto 2018 00:03

O "jihadismo" global ao serviço de cinco objetivos Destaque

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/ Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: Blog de Nazanin Armanian

[Nazanin Armanian, traduçom do Diário Liberdade] Apesar da propaganda oficial que situa o nascimento do “jihadismo” nos atentados do 11S, o uso atual do terrorismo de bandeira religiosa tivo os seus começos em 1978, no Afeganistám, pola iniciativa da Administraçom Carter.

 Umha vez que, forçados polas abundantes provas, Zbigniew Brzezinskiy e Hillary Clinton admitiram que “as teorias de conspiraçom” tinham razom e foi EUA quem criou a banda criminosa, voltárom a mentir, afirmando que a superpotência tinha perdido o controlo sobre indivíduos: hoje em dia é impossível que um grupo armado (de qualquer natureza), poda operar sem o apoio de um poderoso Estado. Além disso, o “Cui bonus” dos atentados mostra que os únicos beneficiários dos seus crimes som os seus próprios criadores, o qual nom nega que, ao longo da história, as instituiçons de diferentes religions tenham recorrido à matança de civis em nome de Deus e polos interesses das suas elites.

A “Jihad universal” fabricada polo Pentágono continua a cumprir as suas 5 funçons:

1.- Desmantelar determinados estados

Depois de destruir a República Democrática do Afeganistám governado pelas forças marxistas, os EUA, Arábia Saudita e Turquia enviárom os “jihadistas” à Jugoslávia, com a etiqueta Bosanski Mudzahedini. Conta-o o ensaísta alemám Jurguen Elsasser no seu livro, «Como a Jihad chegou à Europa», graças à CIA. Depois fôrom transferidos para o Iraque, Líbia, e Síria, onde se dedicárom a matar intelectuais, professores e ativistas, rebentar escolas, hospitais, bibliotecas e apagar a sua memória histórica quebrando com martelos os seus milenários monumentos.

Ao invés dos tempos da Guerra Fria, quando os EUA recorriam mais a golpes de estado para instalar um regime afim, o avanço dos movimentos anti-imperialistas de fins dos setenta levárom-nos a mudar de estratégia, cortando pola raiz: acabar com os estados incómodos para os converter em “estados falidos”, e assim prolongar o seu domínio sobre as suas cinzas.

Com o apoio da NATO, e depois de cumprirem a tarefa do desmantelar a Jugoslávia e outros três poderosos estados árabes como eram o Iraque, Líbia e Síria (como umha oferenda a Israel), parte destes mercenários apanhárom a tralha e fôrom para novos destinos.

A fraude do terrorismo islámico serviu aos EUA para instalarem a primeira base militar na Nigéria, após umha campanha de propaganda sensacionalista sobre o seqüestro das crianças nigerianas.

2.- Destruir as alternativas progressistas

Só há que ver as imagens das mulheres dos países “mussulmanos”, antes do aparecimento da extrema-direita islámica totalitária, e ler a história da Turquia, Iraque, Irám, Afeganistám, Líbia, Síria ou Iémen, para compreender que (salvo a Arábia Saudita) quase todos: a) estavam governados por regimes semilaicos; b) que eram “só” ditaduras políticas; e c) que a maioria contava com importantes partidos progressistas e inclusive de esquerda marxista (alguns no poder). A doutrina de Choque de civilizaçons e a sua suposta alternativa “O diálogo de religions” falseárom o cenário, dando protagonismo a duas únicas forças: as pró-ocidentais e as islamistas (que às vezes som apresentadas como toda a naçom), fazendo desaparecer de um pulo a luita de classes (e substituir polo Norte contra o Sul), e centenas de grupos étnicos, linguísticos, religiosos sim como aos nom praticantes e nom crentes.

Esta esquizofrenia chegou a tal ponto que um importante setor do progresismo ocidental se dedicou a 1) justificar o terrorismo “islámico” como umha reaçom à invasom militar do imperialismo, ou do ressentimento pola exclusom dos imigrantes de fé islámica na Europa. Matar os civis nom é justificável sob nengum pretexto. O primeiro grande grupo político-religioso que utilizou de forma sistémica o terror pontual e exclusivamente contra os políticos foi o Hasaniun (mal traduzido em espanhol como “assassinos”), dirigido por Hasan Sabbah, O Velho de Alamut, quem liderou no século XI um movimento partisano no Irám para expulsar os ocupantes turcos e árabes; e 2) defender a religiom islámica a partir de um maniqueísmo político, em lugar de continuar a exigir mais laicismo, e o regresso da religiom ao espaço pessoal, como condiçom de pôr fim às despiadadas “guerras religiosas”.

3.- Enviar umha mensagem de um Estado ao outro

Como “a cabeça cortada do cavalo” pola máfia no ‘Padrinho’. Os atentados nom som a expressom do “ódio” de uns indivíduos desagradecidos que vivem nas sociedades ocidentais. Vejamos: Se é verdadeiro que 1) os grupos jihadistas sunnitas som wahabitas, corrente religiosa dominante na Arábia Saudita, e 2) que a Arábia Saudita tem estado por trás de atentado de 7 de julho do 2005 de Londres e o de 30 de dezembro de 2013 de Volgogrado, além do 11S segundo a CIA, e 3) que o principal objetivo de Riad é apagar o Irám da face da terra, e por isso se converteu na segunda importadora de armas do planeta, e subornou Trump com 110.000.000 dólares para que rompesse o acordo nuclear com o Irám, é de supor que alguns atentados perpetrados no chao europeu som umha mensagem: prepara-te para receber mais “cabeças” se nom cooperares na guerra contra o Irám.

4.- Policializaçom da vida social: arrebatando os direitos democráticos dos cidadaos conseguidos depois de séculos de batalha. A suposta “luita contra o terrorismo” é a nova coartada para o que os estados dirigidos pelas classes opresoras vinhérom fazendo desde a sua existência: conter e esmagar as reivindicaçons dos cidadaos. Trata-se da ‘Paranoia do Ladrom’: A Lei Patriot aprovada por George Bush a pretexto dos atentados de 11S nom é mais que a nova versom de a operaçom Garden Plot , desenhada em 1968 para “combater distúrbios civis” por causa de “injustiças sociais” e “as diferenças étnicas” porque podiam “debilitar a governabilidade”, afirmava. Em 1971 e depois do escándalo de Watergate, o senador Sam Ervin reconheceu que a inteligência militar tinha estabelecido um sistema de vigiláncia, e nom para os políticos delinqüentes. Os recentes protestos contra a violenta supremacia branca (em Ferguson, Los Angeles, etc.) que obrigou o mesmíssimo presidente Obama a se ajoelhar, e a injustiça social (refletidas no Movimento 15-0 de Ocupa Wall Street) reativárom tais planos.

As medidas para conter os protestos sociais incluem o uso de torturas, porras e balas ou a construçom a mais e mais cárceres, que nom umha produçom e umha distribuiçom justas dos recursos e o respeito à igualdade real dos cidadaos, entre outros motivos, porque estas lhes saem mais caras: o custo da operaçom militar e policial para reprimir os protestos do 1968 nos EUA foram 2,7 milhons de dólares. Quanto custaria um programa que paliar a pobreza de 40,6 milhons de cidadaos enquanto 1% dos seus compatriotas controla 38,6% da riqueza do país?

Pedírom-nos que sacrifiquemos as nossas liberdades pola nossa própria segurança: Mentira! É para manterem o seu poder. Sem nengum pudor, normalizárom a tortura com o eufemismo de “técnicas de extrair a informaçom” e conseguírom que aceitemos a existência dos cárceres secretos semeadas polo Afeganistám, Iraque, Roménia, Polónia, etc. Guantánamo continua aberto com os seres humanos que em um dia seqüestrárom e já nem exigimos o seu fechamento.

Passarám décadas até que cheguemos a saber que atentados fôrom de “bandeira falsa”: Israel reconheceu a “Operaçom Susanna” de 1954 contra Jamal Abdel Nasser, meio século depois.

Nos EUA, cada ano morrem, em média, 33.000 pessoas às maos dos seus compatriotas por arma de fogo. Quantos morrêrom polo “terrorismo islámico”? Se realmente a vida e a segurança dos cidadaos importa aos seus governantes, Como nom tomam nenguma medida para evitar tal perda?

Em Espanha, com o Pacto Antiterrorista e com a acusaçom de “desestabilizar o funcionamento das instituiçons políticas ou as estruturas sociais ou económicas do Estado”, poderám ser detidos sindicalistas, feministas ou artistas críticos com o poder.

Os nossos governantes e os seus meios de propaganda, hábeis em usar técnicas psicológicas de difundir medo, chamam “violência” à fúria dos indignados polas inadmissíveis injustiças: nom querem cidadaos e si um rebanho de borregos que caminhe para o matadouro, mesmo agradecendo aos seus carrascos. Os juízes de hoje mandariam Espartaco à “prisom permanente revisável” por incitar os escravos a se rebelarem.

5.- Criar um novo campo de negócio

O terrorismo e a luita contra o terrorismo movem milhares de milhons de euros: O Pentágono ganhou umha grande quantidade de dinheiro desde 1978 por treinar, armar, patrocinar os jihadistas/rebeldes, inclusive por construir milhares de escolas coránicas. O negócio, que inclui manter e armar os 300.000 efetivos da NATO no Afeganistám, por exemplo, é tal que os presidentes dos EUA incumprem a sua promessa eleitoral de sair deste país. A 13 de abril, Trump estourou nesta ferida terra a bomba “semi nuclear” GBU-43, que custou 14.6 milhons aos contribuintes, para “destruir uns túneis dos terroristas”! Os fabricantes desta bomba de destruiçom em massa já tenhem novas encomendas. Para armar os “rebeldes sírios” (entre eles, os de Al Qaeda), Obama pediu em 2014 uns 367 milhons de euros ao Congresso. A sua administraçom nom só utilizava drones para atacar os “terroristas” no Iémen e Paquistám, matando milhares de civis e forçando a fugida de outros centenas de milhares dos seus lares, senom que autorizou a sua exportaçom: os fabricantes ganhárom 6.000 milhons de dólares.

Outras amostra desta nova linha de negócio som: a fabrico de material especial para proteger as centrais nucleares de um possível atentado, aparelhos de controlo de fronteiras (apesar de a maioria absoluta dos terroristas em ocidente nom virem de fora), e inclusive pilaretes, cuja demanda disparou: na Alemanha 500% no último semestre do 2017. Entre 2001 e 2014 nos EUA, 45% dos 73.000 milhons de dólares anualmente gastos nas agências de segurança interna, foi parar ao negócio antiterroristas. O camiom que dispara água contra manifestantes, que Espanha comprou a Israel em 2013, custou 350.000 euros: nem sequer foi utilizado, felizmente.

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