O impune assassinato de pessoas negras por policiais brancos é um hábito nos Estados Unidos. Como cada vez que um novo assassínio acontece, manifestações percorreram nos últimos dias nas ruas da localidade onde a repressão aconteceu, Falcon Heights, no Estado de Minnesota. Philando Castile, jovem negro da localidade, foi baleado por um policial branco na quarta-feira (06/07).
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Como noutras ocasiões, vídeos mostram a facilidade com que os polícias recorrem às suas armas para disparar contra pessoas negras, o que em mais de 90% dos casos não supõe qualquer punição para os assassinos fardados.
Um dia antes, (05/07), em Baton Rouge, estado de Louisiana, um homem negro de 37 anos foi também morto por disparos de polícias brancos, o que foi filmado e as imagens divulgadas nas redes sociais. Nos dois casos, as pessoas assassinadas estavam desarmadas.
Cinco polícias mortos por disparos
As manifestações prolongam-se em diferentes lugares dos Estados Unidos. No caso de Dallas, franco-atiradores situados em lugares elevados dispararam contra polícias durante uma manifestação contra a impunidade policial. Cinco fardados morreram e mais sete terão ficado feridos, sem que na altura de redigirmos estas linhas tenham sido detidas as pessoas autoras dos disparos.
No primeiro semestre de 2016, a polícia norte-americana já matou 491 pessoas, o que eleva o número do ano passado, em que tinha assassinado 465 nos 12 meses. As pessoas negras são 2,5 vezes mais vítimas dos assassinatos policiais do que as brancas. Também as pessoas com doenças mentais são um grupo numeroso entre as assassinadas por polícias, representando um quarto do total de assassinatos por parte das forças repressivas.