Apesar das múltiplas provocações, dos ataques com uma violência incrível, da campanha mediática sem precedentes e da violência verbal de vários responsáveis políticos e patronais, as organizações sindicais, a CGT em primeiro lugar, não cessaram de as evitar.
A maturidade, o sangue frio e a seriedade dos militantes da CGT, aos quais foi confiada a responsabilidade de garantir a segurança das manifestações no interior dos desfiles, nunca foram desmentidas. Nossos camaradas encarregados da segurança dos agrupamentos são militantes da CGT tal como todos os outros.
Alguns destes militantes foram objecto de repressão repetitiva, de perseguições e de prisões. O Governo e a Prefeitura de Polícia de Paris decidiram franquear uma nova etapa. Terça-feira, por ocasião da manifestação de 5 de Julho, vários camaradas dos serviços de ordem de intersindical foram objecto de detenções arbitrárias. Nosso camarada Laurent, militante da CGT do Val-de-Marne – neste dia e nesta hora sempre detido – deve comparecer em juízo nesta quinta-feira 7 de Julho, à tarde, por um motivo ainda inexplicado.
Trata-se claramente de um ataque de envergadura contra toda a CGT. Ele deve suscitar uma reacção à altura da gravidade da repressão. Como o diz desde há muito a CGT, "quando se ataca um militante da CGT é toda a CGT que se ataca". É portanto toda a CGT que deve reagir face a um processo político. Apelamos a todos os militantes, todos os sindicalizados da CGT assim como a todos os assalariados e os cidadãos apegados à democracia, à liberdade de expressão, a que se mobilizem, dia 7 de Julho, no princípio da tarde, para acompanhar nosso camarada Laurent aquando do seu comparecimento diante do Palácio da Justiça de Paris.
A repressão não quebrará jamais a determinação da CGT de obter a retirada da lei do [código do] trabalho.
Montreuil, 7 de Julho 2016
Comunicado conjunto da CGT, URIF-CGT, União departamental CGT do Val de Marne