[Tradução do Diário Liberdade] A organização das Nações Unidas para a Educação,a Ciencia y a Cultura (Unesco) destacou que apesar da destruição de vários edificios emblemáticos da histórica cidade de Palmira na Síria, ainda "conserva grande parte da sua integridade e autenticidade".
Durante dois dias, especialistas da organização visitaram os restos arqueológicos e posteriormente apresentaram um relatório preliminar. O documento definitivo dar-se-á a conhecer em julho durante a 40ª reunião do Comité do Património Mundial em Estambul.
"Palmira é um pilar da identidade da Síria e contribui à dignidade de todos os sírios. A Unesco está decidida a garantir a proteção deste e outros locais junto de todos os seus sócios, como parte das operações humanitárias e de consolidação da paz", manifestou a diretora geral da organização, Irina Bokova.
A organização além disso anunciou "medidas urgentes de proteção" para a cidade, que está incluída na sua listagem de património mundial.
Num comunicado informou que os especialistas constataram danos consideráveis no museu de Palmira pelo que deram início aos trabalhos de documentação e identificação dos fragmentos de estátuas destruídas.
"Os sarcófagos e as estátuas que eram demasiado grandes e pesadas para poder ser transladadas a um local seguro antes da chegada dos extremistas, estão destroçadas, as suas cabeças cortadas, e os fragmentos de muitas delas espalhados pelo chão", precisou.
Outras das estruturas que sofreram os ataques do autodenominado Estado Islâmico (Daesh em árabe) foram a âgora, o Arco do Triunfo e o Templo de Baal Shamin.
Em contexto
A cidade de Palmira esteve sob controlo dos terroristas do autodenominado Estado Islâmico (Daesh em árabe) desde meados de maio de 2015. As forças governamentais conseguiram recuperar o controlo desde meados de março deste ano.
A 27 de março o Exército sírio informou que essa cidade foi completamente libertada do Daesh.
Palmira é um dos seis locais da Síria considerados Património da Humanidade, segundo a Unesco.
O corresponsal de teleSUR na Síria, Hisham Wannous, detalhou que o processo de recuperação dessa cidade e as antiguidades atacadas pelos terroristas requerem de cinco anos de trabalho ininterrumpido em cooperação com organismos internacionais.